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Israel libertará palestinos mas não aceita fronteira de 1967

A principal exigência palestina é que Israel se comprometa a aceitar as fronteiras de 1967 como base para iniciar as negociações

Kerry não mencionou se a negociação incluirá a aceitação por parte de Israel das fronteiras anteriores a 1967 (Mandel Ngan/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2013 às 09h22.

Jerusalém - O ministro israelense de Relações Internacionais e Assuntos Estratégicos, Yuval Steinitz, disse neste sábado que Israel libertará um número limitado de presos palestinos devido ao acordo para reiniciar as conversas de paz, mas negou que se tenha aceitado as fronteiras de 1967 para negociar.

'Não há nenhuma opção de nós aceitarmos entrar em alguma negociação que comece por definir as fronteiras territoriais ou com concessões por parte de Israel, incluído congelamento da construção' de assentamentos, disse Steinitz para a rádio pública do país.

A principal exigência palestina é que Israel se comprometa a aceitar as fronteiras de 1967 como base para iniciar as negociações, ainda que com intercâmbios territoriais em troca dos grandes assentamentos judaicos na Cisjordânia.

Os palestinos pedem também um congelamento da construção de assentamentos e a libertação dos presos anteriores aos Acordos de Oslo de 1992.

O ministro, do partido Likud, disse que em virtude do acordo para retomar as negociações alcançado com o secretário de Estado americano, John Kerry, 'haverá algumas libertações de presos' por fases, entre eles vários com penas longas e que estão há décadas na prisão, embora não tenha informado um número exato.

O 'canal 2' da televisão israelense disse ontem que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tinha se comprometido com Kerry a libertar de forma gradual 250 presos palestinos (aproximadamente cem anteriores aos Acordos de Oslo).

Steinitz afirmou que os palestinos aceitaram realizar negociações que se prolongarão por pelo menos durante nove meses e se comprometeram a paralisar nesse período tentativas unilaterais de conseguir reconhecimento por parte dos organismos internacionais.

Além disso, disse que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, mostrou-se relutante em reiniciar as negociações e que sua conduta e posição política semeará entre os palestinos dúvidas sobre um acordo de paz a longo prazo.

Fontes palestinas próximas ao processo afirmaram hoje à Agência Efe que o anúncio realizado ontem por Kerry não significa o retorno às negociações pois os esforços para que Israel reconheça as fronteiras de 1967 devem continuar.

O chefe da diplomacia dos EUA disse que o acordo 'ainda se encontra em vias de ser formalizado' definitivamente, embora anunciou que os chefes negociadores palestino, Saeb Erekat, e israelense, Tzipi Livni, irão se reunir em Washington na próxima semana para manter conversas preliminares e discutir os detalhes da negociação.

Kerry não mencionou se a negociação incluirá a aceitação por parte de Israel das fronteiras anteriores a 1967 como base do futuro Estado palestino ou o reconhecimento de Israel como Estado judeu, como exigiam ambas as partes.

O secretário se limitou a assinalar que quando as conversas preliminares terminarem em Washington será feita uma nova declaração. EFE

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Jerusalém - O ministro israelense de Relações Internacionais e Assuntos Estratégicos, Yuval Steinitz, disse neste sábado que Israel libertará um número limitado de presos palestinos devido ao acordo para reiniciar as conversas de paz, mas negou que se tenha aceitado as fronteiras de 1967 para negociar.

'Não há nenhuma opção de nós aceitarmos entrar em alguma negociação que comece por definir as fronteiras territoriais ou com concessões por parte de Israel, incluído congelamento da construção' de assentamentos, disse Steinitz para a rádio pública do país.

A principal exigência palestina é que Israel se comprometa a aceitar as fronteiras de 1967 como base para iniciar as negociações, ainda que com intercâmbios territoriais em troca dos grandes assentamentos judaicos na Cisjordânia.

Os palestinos pedem também um congelamento da construção de assentamentos e a libertação dos presos anteriores aos Acordos de Oslo de 1992.

O ministro, do partido Likud, disse que em virtude do acordo para retomar as negociações alcançado com o secretário de Estado americano, John Kerry, 'haverá algumas libertações de presos' por fases, entre eles vários com penas longas e que estão há décadas na prisão, embora não tenha informado um número exato.

O 'canal 2' da televisão israelense disse ontem que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tinha se comprometido com Kerry a libertar de forma gradual 250 presos palestinos (aproximadamente cem anteriores aos Acordos de Oslo).

Steinitz afirmou que os palestinos aceitaram realizar negociações que se prolongarão por pelo menos durante nove meses e se comprometeram a paralisar nesse período tentativas unilaterais de conseguir reconhecimento por parte dos organismos internacionais.

Além disso, disse que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, mostrou-se relutante em reiniciar as negociações e que sua conduta e posição política semeará entre os palestinos dúvidas sobre um acordo de paz a longo prazo.

Fontes palestinas próximas ao processo afirmaram hoje à Agência Efe que o anúncio realizado ontem por Kerry não significa o retorno às negociações pois os esforços para que Israel reconheça as fronteiras de 1967 devem continuar.

O chefe da diplomacia dos EUA disse que o acordo 'ainda se encontra em vias de ser formalizado' definitivamente, embora anunciou que os chefes negociadores palestino, Saeb Erekat, e israelense, Tzipi Livni, irão se reunir em Washington na próxima semana para manter conversas preliminares e discutir os detalhes da negociação.

Kerry não mencionou se a negociação incluirá a aceitação por parte de Israel das fronteiras anteriores a 1967 como base do futuro Estado palestino ou o reconhecimento de Israel como Estado judeu, como exigiam ambas as partes.

O secretário se limitou a assinalar que quando as conversas preliminares terminarem em Washington será feita uma nova declaração. EFE

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