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Israel e palestinos se acusam de sabotar negociações de paz

Representantes dos dois países trocaram na ONU acusações mútuas publicamente pelo mais recente fracasso nas frágeis negociações de paz

Militante palestino da Frente Popular para a Libertação da Palestina durante um parada militar em Khan Younis, ao sul da faixa de Gaza (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 20h23.

Nações Unidas - Representantes israelenses e palestinos aproveitaram uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas sobre o Oriente Médio, nesta terça-feira, para trocarem acusações mútuas publicamente pelo mais recente fracasso nas frágeis negociações de paz, no momento em que expirou a data-limite para um acordo.

O coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Robert Serry, disse ao Conselho de Segurança, formado por 15 nações, que os líderes israelense e palestino têm de "convencer um ao outro novamente de que são parceiros para a paz".

Tanto o embaixador de Israel na ONU, Ron Prosor, como o observador palestino, Riyad Mansour, expressaram seu compromisso com a paz. Mas eles também trocaram acusações mútuas de minar a mais recente tentativa de garantir um acordo nas negociações mediadas pelos EUA.

"Israel tem mantido a sua posição contrária e persistente com suas violações graves, constantemente reafirmando o seu papel como ocupante e opressor, e não como pacificador", afirmou Mansour ao conselho. "Mais uma vez, Israel tem impedido os esforços de paz." O representante de Israel atribuiu aos palestinos a responsabilidade pela suspensão das negociações de paz.

"Os palestinos prometem diálogo enquanto fermentam o ódio", Prosor disse ao conselho. "Eles prometem tolerância e celebram terroristas. E eles fazem compromissos quase tão rapidamente quanto os rompem." Prosor acusou o presidente palestino, Mahmoud Abbas, apoiado pelo Ocidente, de abandonar a oportunidade de dançar um "tango com Israel" em favor de se juntar ao Hamas.

Nove meses atrás, os Estados Unidos lançaram novas negociações entre israelenses e palestinos para acabar com o conflito de décadas e ajudar a criar um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

As negociações fracassaram na semana passada, e os EUA culparam ambos os lados por não se comprometerem antes do prazo final de 29 de abril.


A embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, disse ao conselho que o governo norte-americano vai continuar a apoiar as negociações entre os dois lados.

"Nós claramente chegamos a um momento difícil, mas continuamos a acreditar que só há uma solução real viável para o conflito palestino-israelense: dois Estados lado a lado em paz e segurança", disse ela. "Se as partes estão dispostas a percorrer o caminho, este caminho, nós estaremos lá para apoiá-las."

Israel suspendeu as negociações com os palestinos em resposta ao inesperado pacto de unidade firmado por Abbas com o grupo islâmico Hamas, que Israel e os EUA consideram uma organização terrorista.

Por sua vez, a Autoridade Palestina está irritada com a expansão de assentamentos judaicos em terras que pretende incluir em um futuro Estado palestino e com a decisão israelense de adiar a libertação de um último grupo de presos palestinos em Israel, parte de um acordo anterior.

"A convergência de má-fé de Israel nas negociações, incluindo se negar a cumprir o acordo de libertação de prisioneiros, e suas ações ilegais no terreno, particularmente a intensificação das atividades de assentamento e agressões incessantes em Jerusalém Oriental ocupada, prejudicaram seriamente o processo de paz", disse Mansour.

Prosor deixou claro que Israel não vai mudar a sua recusa em dialogar com o Hamas.

"Qualquer um que se pergunta por que Israel não negociará com o Hamas pode muito bem estar se perguntando por que ninguém aparece para jantares organizados por Hannibal Lector", disse Prosor, referindo-se a um assassino em série que se tornou popular em uma série de filmes de Hollywood.

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Nações Unidas - Representantes israelenses e palestinos aproveitaram uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas sobre o Oriente Médio, nesta terça-feira, para trocarem acusações mútuas publicamente pelo mais recente fracasso nas frágeis negociações de paz, no momento em que expirou a data-limite para um acordo.

O coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Robert Serry, disse ao Conselho de Segurança, formado por 15 nações, que os líderes israelense e palestino têm de "convencer um ao outro novamente de que são parceiros para a paz".

Tanto o embaixador de Israel na ONU, Ron Prosor, como o observador palestino, Riyad Mansour, expressaram seu compromisso com a paz. Mas eles também trocaram acusações mútuas de minar a mais recente tentativa de garantir um acordo nas negociações mediadas pelos EUA.

"Israel tem mantido a sua posição contrária e persistente com suas violações graves, constantemente reafirmando o seu papel como ocupante e opressor, e não como pacificador", afirmou Mansour ao conselho. "Mais uma vez, Israel tem impedido os esforços de paz." O representante de Israel atribuiu aos palestinos a responsabilidade pela suspensão das negociações de paz.

"Os palestinos prometem diálogo enquanto fermentam o ódio", Prosor disse ao conselho. "Eles prometem tolerância e celebram terroristas. E eles fazem compromissos quase tão rapidamente quanto os rompem." Prosor acusou o presidente palestino, Mahmoud Abbas, apoiado pelo Ocidente, de abandonar a oportunidade de dançar um "tango com Israel" em favor de se juntar ao Hamas.

Nove meses atrás, os Estados Unidos lançaram novas negociações entre israelenses e palestinos para acabar com o conflito de décadas e ajudar a criar um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

As negociações fracassaram na semana passada, e os EUA culparam ambos os lados por não se comprometerem antes do prazo final de 29 de abril.


A embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, disse ao conselho que o governo norte-americano vai continuar a apoiar as negociações entre os dois lados.

"Nós claramente chegamos a um momento difícil, mas continuamos a acreditar que só há uma solução real viável para o conflito palestino-israelense: dois Estados lado a lado em paz e segurança", disse ela. "Se as partes estão dispostas a percorrer o caminho, este caminho, nós estaremos lá para apoiá-las."

Israel suspendeu as negociações com os palestinos em resposta ao inesperado pacto de unidade firmado por Abbas com o grupo islâmico Hamas, que Israel e os EUA consideram uma organização terrorista.

Por sua vez, a Autoridade Palestina está irritada com a expansão de assentamentos judaicos em terras que pretende incluir em um futuro Estado palestino e com a decisão israelense de adiar a libertação de um último grupo de presos palestinos em Israel, parte de um acordo anterior.

"A convergência de má-fé de Israel nas negociações, incluindo se negar a cumprir o acordo de libertação de prisioneiros, e suas ações ilegais no terreno, particularmente a intensificação das atividades de assentamento e agressões incessantes em Jerusalém Oriental ocupada, prejudicaram seriamente o processo de paz", disse Mansour.

Prosor deixou claro que Israel não vai mudar a sua recusa em dialogar com o Hamas.

"Qualquer um que se pergunta por que Israel não negociará com o Hamas pode muito bem estar se perguntando por que ninguém aparece para jantares organizados por Hannibal Lector", disse Prosor, referindo-se a um assassino em série que se tornou popular em uma série de filmes de Hollywood.

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