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Israel diz que vai continuar a operação em Rafah após avanço nas negociações de cessar-fogo do Hamas

O acordo foi realizado com a intermediação do Catar e do Egito; Israel não participou das conversas

Oriente Médio: conflito se arrasta desde 7 de outubro, após um ataque do grupo terrorista no sul de Israel matar mais de mil pessoas, a maioria civis (KHAN YUNIS/AFP)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 6 de maio de 2024 às 18h48.

Última atualização em 6 de maio de 2024 às 20h21.

Nesta segunda-feira, 6, o primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, declarou que manterá a operação do Exército israelense em Rafah após o grupo islamista Hamas aceitar a proposta de cessar-fogo que foi feita somente por intermediação do Egito e Catar, inicialmente noticiado pelo jornal Aljazeera.

"O Gabinete de Guerra decidiu por unanimidade esta noite que Israel continuará a sua operação em Rafah, a fim de exercer pressão militar sobre o Hamas, de avançar na libertação dos nossos reféns e alcançar os outros objetivos da guerra", declarou por meio da rede social oficial no X (antigo Twitter).

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EUA pedem que Catar expulse liderança do Hamas de território em busca de cessar-fogo em Gaza

Mais cedo nesta segunda-feira,o Hamas havia aceitado uma proposta de cessar-fogo com Israel no conflito na Faixa de Gaza. O acordo foi realizado com a intermediação do Catar e do Egito; grifar]Israel não participou das conversas[/grifar]. O chefe da CIA, William Burns, participou na reunião. O Hamas pede o fim da guerra e a retirada de todas as forças israelenses de Gaza.

A guerra continua

Durante a manhã de hoje, oExército de Israel ordenou que dezenas de milhares de pessoas na cidade começassem a deixar a região, sinalizando que uma invasão terrestre há muito prometida pode acontecer em breve. Instruídas por mensagens de texto em árabe, telefonemas e panfletos, algumas famílias palestinas já começaram a se deslocar para o que Israel chamou de "zona humanitária expandida".

Um alto funcionário do Hamas disse que a ordem de evacuação era uma “escalada perigosa” que teria consequências.

Incerteza sobre possível trégua entre Israel e Hamas em Gaza

O rei Abdullah, da Jordânia, disse ao presidente dos EUA, Joe Biden, numa reunião privada nesta segunda-feira, que uma ofensiva israelita em Rafah levaria a um “novo massacre” de civis palestinos e instou a comunidade internacional a tomar medidas urgentes. As informações foram divulgadas pela Reuters.

O comunicado oficial jordaniano declarou que "o rei e o presidente dos EUA afirmaram o seu compromisso de trabalhar para alcançar um cessar-fogo sustentável em Gaza, sublinhando a importância de facilitar a entrega de ajuda humanitária sustentável à Faixa, à luz das extremas necessidades."

Números da guerra em Gaza

O conflito se arrasta desde 7 de outubro, após um ataque do grupo terrorista nosul de Israel matar mais de mil pessoas, a maioria civis.

Cerca de 250 israelenses foram sequestradas na época.As autoridades israelenses estimam que, após uma troca de reféns por prisioneiros palestinos em novembro, 128 pessoas permanecem cativas em Gaza e que 35 morreram até agora.

A pressão internacional para um acordo avançou nos últimos meses em meio a escalada da crise humanitária em Gaza. A ofensiva de Israel na região palestina já deixou mais de 34 mil mortos.

Netanyahu afirma que aceitar as exigências do Hamas é uma derrota para Israel

No último domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que aceitar as "exigências" do Hamas para acabar com a guerra em Gaza seria "uma derrota terrível para o Estado de Israel" e equivaleria à "capitulação".

Em meio às negociações, Israel informou que lançará uma ofensiva em Rafah, a cidade mais ao sul do território, que é considerada o último reduto dos comandantes islamistas.

Nesta segunda-feira, oExército de Israel ordenou que dezenas de milhares de pessoas na cidade começassem a deixar a região, sinalizando que uma invasão terrestre há muito prometida pode acontecer em breve. Existe a preocupação que as movimentações israelenses compliquem o avanço para um cessar-fogo.

Os Estados Unidos, principais aliados de Israel, opõem-se a uma invasão na cidade palestina no extremo sul da Faixa de Gaza, onde 1,2 milhão de pessoas estão aglomeradas, a maioria delas deslocadas pela guerra.

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