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Israel declara Nobel de Literatura Günter Grass como "persona non grata"

O motivo é um poema divulgado na semana passada no qual o escritor advertia que o Estado judeu era uma ameaça para o mundo por seu poderio nuclear

O escritor, de 84 anos é considerado uma autoridade moral na Alemanha, e comentou que ficou em silêncio "tempo demais" por causa do medo de ser considerado antissemita (Sean Gallup/ Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2012 às 10h37.

Jerusalém - Israel declarou neste domingo como persona non grata o escritor alemão e Prêmio Nobel de Literatura Günter Grass por um poema divulgado na semana passada no qual advertia que o Estado judeu era uma ameaça para o mundo por seu poderio nuclear.

'Os poemas de Grass incentivam as chamas do ódio contra Israel e o povo de Israel, e são uma tentativa de fomentar a ideia da qual fez parte publicamente quando vestiu o uniforme das SS', disse hoje o ministro do Interior israelense, Eli Yishai, ao justificar sua decisão.

Os porta-vozes do ministro explicaram ao site do jornal 'Ha'aretz' que, de acordo com as leis de imigração e entrada em Israel, o escritor foi declarado persona non grata e, portanto, não terá acesso permitido ao país.

O ministro também destacou que 'se Grass quer continuar divulgando sua criação deforme e enganosa, sugiro que o faça no Irã, lá encontrará ouvintes', em alusão à comparação que o escritor fez entre os dois países.

Na última quinta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rebateu os argumentos de Grass ao afirmar que 'é o Irã, e não Israel, que representa uma ameaça para a paz mundial'.

'A vergonhosa comparação que fez entre Israel e o Irã, um regime que nega o Holocausto e defende a destruição de Israel, diz muito pouco sobre Israel e muito sobre o próprio Grass', afirmou o primeiro-ministro em nota oficial.

Aos 84 anos e com grande reputação na Alemanha, Grass denunciou o programa atômico de Israel com um texto intitulado 'Was gesagt werden muss' ('O que é preciso dizer'), publicado simultaneamente pelo 'Süddeutsche Zeitung', jornal de referência na Alemanha, o espanhol 'El País', o americano 'The New York Times' e o italiano 'La Repubblica'.

O poema foi tachado como antissemita pela comunidade judaica na Alemanha e por Israel, e criticado por diversos políticos alemães.

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Jerusalém - Israel declarou neste domingo como persona non grata o escritor alemão e Prêmio Nobel de Literatura Günter Grass por um poema divulgado na semana passada no qual advertia que o Estado judeu era uma ameaça para o mundo por seu poderio nuclear.

'Os poemas de Grass incentivam as chamas do ódio contra Israel e o povo de Israel, e são uma tentativa de fomentar a ideia da qual fez parte publicamente quando vestiu o uniforme das SS', disse hoje o ministro do Interior israelense, Eli Yishai, ao justificar sua decisão.

Os porta-vozes do ministro explicaram ao site do jornal 'Ha'aretz' que, de acordo com as leis de imigração e entrada em Israel, o escritor foi declarado persona non grata e, portanto, não terá acesso permitido ao país.

O ministro também destacou que 'se Grass quer continuar divulgando sua criação deforme e enganosa, sugiro que o faça no Irã, lá encontrará ouvintes', em alusão à comparação que o escritor fez entre os dois países.

Na última quinta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rebateu os argumentos de Grass ao afirmar que 'é o Irã, e não Israel, que representa uma ameaça para a paz mundial'.

'A vergonhosa comparação que fez entre Israel e o Irã, um regime que nega o Holocausto e defende a destruição de Israel, diz muito pouco sobre Israel e muito sobre o próprio Grass', afirmou o primeiro-ministro em nota oficial.

Aos 84 anos e com grande reputação na Alemanha, Grass denunciou o programa atômico de Israel com um texto intitulado 'Was gesagt werden muss' ('O que é preciso dizer'), publicado simultaneamente pelo 'Süddeutsche Zeitung', jornal de referência na Alemanha, o espanhol 'El País', o americano 'The New York Times' e o italiano 'La Repubblica'.

O poema foi tachado como antissemita pela comunidade judaica na Alemanha e por Israel, e criticado por diversos políticos alemães.

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