Israel aprova novas casas na Cisjordânia e recebe críticas
Comissão ministerial aprovou 2.269 casas distribuídas em seis colônias, disse porta-voz do Ministério da Defesa para Assuntos Civis nos Territórios Palestinos
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 18h05.
A administração militar israelense na Cisjordânia deu sinal verde para os planos de construção de mais de duas mil novas casas em colônias desse território palestino ocupado, informou uma autoridade do Ministério da Defesa à AFP nesta quinta-feira.
Uma comissão ministerial aprovou o projeto de 2.269 novas casas distribuídas em seis colônias, disse à AFP o porta-voz do Ministério da Defesa para Assuntos Civis nos Territórios Palestinos, comandante Guy Inbar.
Segundo a organização israelense anticolonização Paz Agora, a comissão validou em 19 de fevereiro - para aprovação posterior do Ministério da Defesa - 694 casas na colônia de Leshem (norte), 290 em Beit El, perto de Ramallah, e 31 em Almog, no vale do Jordão (leste).
Também foram aprovados projetos menos avançados de construção de 839 casas em Ariel, 350 em Shvut Rachel e 65 em Shavei Shomron, no norte da Cisjordânia, segundo a Paz Agora.
Essas informações foram confirmadas pela administração militar israelense.
"Cada avanço nos planos é uma decisão política. O ministro da Defesa Moshé Yaalon tomou a decisão de fazê-los avançar", ressaltou o porta-voz da ONG Lior Amihai, acrescentando que ainda há muitas etapas até o início das obras.
Segundo ele, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mostra "mais uma vez que não tem qualquer intenção de chegar a um acordo de paz e faz tudo o que puder para obrigar o presidente palestino, Mahmud Abbas, a se retirar do processo" de negociações de paz. A reação palestina não demorou.
De acordo com um porta-voz da Autoridade Palestina, a colonização ativa realizada pelo Estado hebreu levará as negociações de paz bilaterais ao fracasso.
"As atividades israelenses de colonização vão provocar o fracasso das negociações e levá-las a um impasse", declarou à AFP Nabil Abu Rudeina, porta-voz do presidente palestino, Mahmud Abbas.
Até o final de abril, o secretário de Estado americano, John Kerry, deve apresentar às duas partes uma tentativa de "acordo-quadro" com as linhas gerais para o tratamento definitivo das questões mais sensíveis, envolvendo as fronteiras, as colônias, a segurança, o status de Jerusalém e os refugiados.
Kerry relançou as negociações em julho de 2013, mas até agora não houve avanços concretos. Israelenses e palestinos continuam a expor publicamente suas divergências sobre os principais temas.
Quase 375 mil israelenses vivem nas colônias da Cisjordânia, em meio a cerca de 2,7 milhões de palestinos. A comunidade internacional considera a colonização ilegal e um obstáculo para a conclusão de um acordo de paz.
A administração militar israelense na Cisjordânia deu sinal verde para os planos de construção de mais de duas mil novas casas em colônias desse território palestino ocupado, informou uma autoridade do Ministério da Defesa à AFP nesta quinta-feira.
Uma comissão ministerial aprovou o projeto de 2.269 novas casas distribuídas em seis colônias, disse à AFP o porta-voz do Ministério da Defesa para Assuntos Civis nos Territórios Palestinos, comandante Guy Inbar.
Segundo a organização israelense anticolonização Paz Agora, a comissão validou em 19 de fevereiro - para aprovação posterior do Ministério da Defesa - 694 casas na colônia de Leshem (norte), 290 em Beit El, perto de Ramallah, e 31 em Almog, no vale do Jordão (leste).
Também foram aprovados projetos menos avançados de construção de 839 casas em Ariel, 350 em Shvut Rachel e 65 em Shavei Shomron, no norte da Cisjordânia, segundo a Paz Agora.
Essas informações foram confirmadas pela administração militar israelense.
"Cada avanço nos planos é uma decisão política. O ministro da Defesa Moshé Yaalon tomou a decisão de fazê-los avançar", ressaltou o porta-voz da ONG Lior Amihai, acrescentando que ainda há muitas etapas até o início das obras.
Segundo ele, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mostra "mais uma vez que não tem qualquer intenção de chegar a um acordo de paz e faz tudo o que puder para obrigar o presidente palestino, Mahmud Abbas, a se retirar do processo" de negociações de paz. A reação palestina não demorou.
De acordo com um porta-voz da Autoridade Palestina, a colonização ativa realizada pelo Estado hebreu levará as negociações de paz bilaterais ao fracasso.
"As atividades israelenses de colonização vão provocar o fracasso das negociações e levá-las a um impasse", declarou à AFP Nabil Abu Rudeina, porta-voz do presidente palestino, Mahmud Abbas.
Até o final de abril, o secretário de Estado americano, John Kerry, deve apresentar às duas partes uma tentativa de "acordo-quadro" com as linhas gerais para o tratamento definitivo das questões mais sensíveis, envolvendo as fronteiras, as colônias, a segurança, o status de Jerusalém e os refugiados.
Kerry relançou as negociações em julho de 2013, mas até agora não houve avanços concretos. Israelenses e palestinos continuam a expor publicamente suas divergências sobre os principais temas.
Quase 375 mil israelenses vivem nas colônias da Cisjordânia, em meio a cerca de 2,7 milhões de palestinos. A comunidade internacional considera a colonização ilegal e um obstáculo para a conclusão de um acordo de paz.