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Israel abre aeroporto alternativo após voos cancelados

Porém, nenhuma empresa aérea internacional havia ainda aceitado a oferta de voar para aeroporto de Ovda, informou porta-voz


	British Airways: empresa é uma das poucas que ainda operam voos do aeroporto de Tel-Aviv
 (AFP)

British Airways: empresa é uma das poucas que ainda operam voos do aeroporto de Tel-Aviv (AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 15h19.

São Paulo - Israel informou que abriu um aeroporto já existente no sul do país para mais voos internacionais, numa tentativa de retomar suas conexões aéreas com o restante do mundo, depois que agências reguladoras dos Estados Unidos e da Europa aconselharam suas empresas aéreas a evitar o aeroporto internacional Ben Gurion, em Tel-Aviv.

O ministro dos Transportes de Israel disponibilizou o aeroporto Ovda para empresas que interromperam suas operações em Tel-Aviv. O Ovda, que fica 60 quilômetros ao norte da cidade costeira de Eilat, pode receber voos internacionais, mas atualmente é usado principalmente no inverno por voos fretados com turistas.

Nenhuma empresa aérea internacional havia ainda aceitado a oferta de voar para o aeroporto, informou a porta-voz da Autoridade Aeroportuária de Israel.

Até as 19h (horário local), 80 voos com chegadas e partidas do Ben Gurion haviam sido cancelados. Outros 209 voos foram realizados ou estavam programados até o final do dia, segundo a autoridade aeroportuária. A El Al Israel Airlines, a empresa nacional de Israel, continua a fazer seus voos regularmente com partidas e chegadas em Tel-Aviv.

As filas de check in da empresa estavam cheias de passageiros que trocaram seus bilhetes de companhias que cancelaram seus voos.

A El Al disse que está usando aviões maiores e aumentando o número de voos para alguns destinos europeus para acomodar passageiros que tiveram seus voos cancelados por outras companhias.

A British Airways está entre as poucas companhias aéreas ocidentais que continuavam a operar voos do Ben Gurion nesta quarta-feira e disse que não pretende interromper seus voos. A empresa não respondeu a perguntas sobre como tomou a decisão de continuar voando para o local.

A Deutsche Lufthansa, Air France-KLM e outras empresas europeias seguiram a decisão das norte-americanas Delta Air Lines., United Continental e American Airlines de suspender suas operações. A Air Canadá também cancelou seus voos para Tel-Aviv.

Lufthansa, KLM e Air Berlin informaram nesta quarta-feira a extensão da suspensão operacional até pelo menos quinta-feira. A Lufthansa disse que a decisão se aplica também a suas subsidiárias Germanwings, Austrian Airlines, Swiss e Brussels Airlines. No total, são 20 voos que partiriam de Frankfurt, Berlim, Munique, Zurique, Viena e Bruxelas cancelados "até segunda ordem".

Alitalia e Scandinavian, que já haviam interrompido suas operações para Tel-Aviv na terça-feira, mantiveram a decisão para hoje, mas não haviam anunciado seus planos para quinta-feira. Já a polonesa LOT informou a suspensão de seus voos para o Ben Gurion até 28 de julho.

A última vez que companhias aéreas estrangeiras suspenderam seus voos para o Ben Gurion foi durante a Guerra do Golfo, em 1991, quando o Iraque disparou mísseis Scud contra Tel-Aviv, informou Neri Yarkoni, ex-diretor da autoridade de aviação civil israelense.

Com informações da Associated Press e da Dow Jones Newswires

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