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Iraque aumenta presença em Mosul e EI promete reagir

Os militantes vêm recuando continuamente de áreas no entorno de Mosul para dentro da cidade desde que a batalha começou

Mosul: forças do governo iraquiano ainda combatem em uma dúzia dos cerca de 50 bairros na parte leste de Mosul (Thaier Al-Sudani/Reuters)
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Reuters

Publicado em 18 de novembro de 2016 às 12h54.

Mosul - Tropas do Iraque apoiadas pelos Estados Unidos ampliaram sua presença no lado leste de Mosul, bastião do Estado Islâmico no país, nesta sexta-feira, enquanto o grupo prometeu mais ataques suicidas contra a ofensiva de tomada da cidade.

A unidade de elite Serviço de Contraterrorismo (CTS) invadiu o bairro de Tahrir, no extremo nordeste de Mosul, a última grande cidade sob controle da facção sunita ultrarradical no Iraque.

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Um correspondente da Reuters reportando da linha mantida pelo CTS em Tahrir viu civis saindo do bairro próximo de Aden, onde havia incêndios, empurrando carrinhos com seus pertences e carregando sacos plásticos feitos em casa.

As mulheres ainda usavam os mantos negros impostos pelos militantes, mas a maioria tinha os rostos descobertos enquanto fugia dos combates intensos.

Os militantes vêm recuando continuamente de áreas no entorno de Mosul para dentro da cidade desde que a batalha começou, no dia 17 de outubro, com apoio aéreo e terrestre de uma coalizão liderada pelos EUA.

"O avanço é lento devido aos civis", disse o tenente-general Abdul Wahab al-Saidi, do CTS, acrescentando que a unidade treinada pelos norte-americanos pretende libertar o resto do bairro durante o dia.

Era possível ouvir um sermão que se referiu aos "mujahideen", ou combatentes da guerra sagrada, vindo de uma mesquita sob controle dos jihadistas nas proximidades. Um homem armado, possivelmente um franco-atirador, estava no minarete da mesquita.

No momento em que a ofensiva entra em seu segundo mês, forças do governo iraquiano ainda combatem em uma dúzia dos cerca de 50 bairros na parte leste de Mosul, que é cortado pelo rio Tigre.

Os militantes estão entrincheirados entre os civis como tática de defesa para desestimular os ataques aéreos, e se movimentam pela cidade por túneis, lançam carros-bomba contra tropas em avanço e as alvejam com franco-atiradores e disparos de morteiro.

Uma explosão alta foi ouvida a várias ruas de distância das linhas do CTS. Um agente disse ter se tratado de um suicida que se explodiu depois de ser cercado em uma casa.

A unidade do CTS estava usando um drone (aeronave não-tripulada) para tentar detectar insurgentes.

O número de combatentes prontos para se explodir está aumentando, disse um comandante insurgente à revista semanal do Estado Islâmico, a Al-Nabaa, publicada online na quinta-feira.

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