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Irã, Rússia e Turquia conversam

A reunião que já seria quente ganhou tons de ares de discussão sobre o futuro do mundo. O Kremlin afirmou que está mantida a reunião marcada para hoje, em Moscou, para tratar da Síria, com os ministros da defesa e chanceleres de Rússia, Turquia e Irã. Moscou e Teerã apoiam o presidente sírio Bashar al-Assad, […]

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 06h01.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h44.

A reunião que já seria quente ganhou tons de ares de discussão sobre o futuro do mundo. O Kremlin afirmou que está mantida a reunião marcada para hoje, em Moscou, para tratar da Síria, com os ministros da defesa e chanceleres de Rússia, Turquia e Irã. Moscou e Teerã apoiam o presidente sírio Bashar al-Assad, enquanto a Turquia está do lado dos rebeldes no conflito que se estende por seis anos e já desalojou 5 milhões de pessoas.

As conversas devem tratar, obviamente, dos atentados de ontem. Em Ancara, capital da Turquia, o embaixador russo Andrey Karlov, discursava na abertura de uma mostra fotográfica sobre como os turcos enxergam a Rússia quando foi assassinado a tiros por um terrorista que gritou “não se esqueçam da Síria”. Em Berlim, um caminhão invadiu uma feira de natal e matou pelo doze nove pessoas, deixando ainda 50 feridos. Não se sabe se há relação entre os eventos, mas analistas são unânimes em afirmar que estamos diante de mudanças decisivas na geopolítica europeia.

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O presidente russo Vladimir Putin recebeu ontem um ligação do turco Recep Tayyip Erdogn prometendo vingar a morte do embaixador. Erdogan pregou união para responder à “provocação”. Putin concordou: respondeu a “única resposta” ao ataque seria uma aliança maior entre os governos contra o terrorismo. Os dois têm um ponto em comum: precisam lidar com a crescente ameaça de terrorismo islâmico.

Se Turquia e Rússia se entenderem sobre o futuro da Síria, estará selada uma aliança que vinha se fortalecendo nos últimos meses e que é preocupante para a Europa e para os Estados Unidos. Ontem, um homem foi preso em Ancara após dar nove tiros para o alto na frente da embaixada americana. A Turquia é membro da Otan, a aliança militar ocidental, desde os anos 50. Uma coisa é certa: o atentado será um motivo a mais para a mão pesada de Putin, e para Erdogan acelerar a repressão que já ganhava força no país desde o frustrado golpe de estado em julho. Algumas respostas devem ser dadas hoje, mas só algumas.

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