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Irã pede à Turquia que “não complique” a situação na Síria

"As declarações não construtivas de dirigentes turcos só complicam anda mais a situação e aumentarão os problemas", disse porta-voz

Síria: o cessar-fogo trouxe tranquilidade a muitas localidades do país (Ammar Abdullah/Reuters)
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AFP

Publicado em 5 de janeiro de 2017 às 09h26.

O Irã pediu nesta quinta-feira à Turquia que "não complique ainda mais" a situação na Síria, depois que o chefe da diplomacia turca responsabilizou os aliados de Teerã por violações do cessar-fogo no país.

"As declarações não construtivas de dirigentes turcos só complicam anda mais a situação e aumentarão os problemas quanto a uma solução política para a crise síria", declarou Bahram Ghasemi, porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores.

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Na véspera, o chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, lançou uma advertência de que o novo diálogo de paz para a Síria está em risco, e acusou o governo de Bashar al Assad de violar a frágil trégua promovida por Moscou, Teerã e Ancara.

O cessar-fogo trouxe tranquilidade a muitas localidades do país, mas é ameaçado pelos contínuos confrontos na região de Wadi Barada, nos arredores de Damasco.

As forças do governo, apoiadas pelo grupo libanês Hezbollah, tentam recapturar Wadi Barada, muito importante para o abastecimento de água na capital.

O ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, pediu ao regime e seus aliados que acabem com "violações" à trégua, advertindo que estão colocando em risco as conversações previstas para este mês em Astana, capital do Cazaquistão.

"Se não pararmos as violações à trégua, o processo de Astana poderá fracassar. Depois do cessar-fogo registramos violações", disse Cavusoglu à agência estatal Anatólia.

"Quando analisamos quem comete estas violações identificamos o Hezbollah, em particular grupos xiitas, e o regime", acrescentou o ministro.

O funcionário pediu à Rússia e ao Irã - promotores das conversações em Astana - que pressionem Damasco e o Hezbollah pelo fim dos combates.

Apesar do apelo, os combates persistiam, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

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