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Irã oferece ajuda no conflito sírio

Ministro iraniano das Relações Exteriores disse que "o Irã está pronto para ajudar em qualquer tentativa lógica, baseada na realidade síria"

Bashar al-Assad com Mohammad Javad Zarif: Irã é acusado de ter um papel ativo no conflito sírio, algo que o que o governo de Teerã nega (SANA/Handout via Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 19h55.

O Irã , aliado regional do regime sírio, indicou que está "pronto para ajudar em qualquer tentativa lógica" de solucionar o conflito na Síria , afirmou nesta segunda-feira o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif.

"O Irã está pronto para ajudar em qualquer tentativa lógica, baseada na realidade síria", de resolver o conflito nesse país, que entra em seu quarto ano, declarou Zarif, referindo-se, "em particular, aos esforços das Nações Unidas feitos por Lakhdar Brahimi".

Citado pela agência oficial de notícias Irna, as declarações do chanceler Zarif foram dadas depois de um encontro com o mediador internacional da ONU e da Liga Árabe, que está em Teerã.

Brahimi tenta convencer o Irã a pressionar Damasco para que retome as negociações de paz, paralisadas desde meados de fevereiro.

"Acelerar o retorno à estabilidade política e securitária na Síria pela resolução do conflito terá um impacto na segurança e na estabilidade de toda a região", justificou Brahimi.

Essa visita acontece no momento em que o Exército sírio, apoiado pelo Hezbollah libanês, preparava-se, nesta segunda, para lançar novos ataques ao norte de Damasco.

O Irã é o principal aliado do regime de Bashar al-Assad nesse conflito, nascido de uma onda de contestação popular pacífica deflagrada em 15 de março de 2011 e que se transformou em uma revolta armada diante da repressão. A escalada levou o país a uma guerra total que deixou pelo menos 146 mil mortos, segundo números de organizações não governamentais.

O Irã é acusado, principalmente, de ter um papel ativo no conflito, algo que o que o governo de Teerã nega. O governo iraniano reconhece apenas o envio de "conselheiros" para assessorar o Exército sírio.

Uma segunda sessão de negociações em Genebra entre a oposição e o governo sírio terminou sem resultados práticos, em 15 de fevereiro, devido às divergências entre governo e oposição sobre a agenda de trabalho. Ainda não foi estabelecida uma nova data.

O Irã não participou desse encontro. O convite a Teerã foi cancelado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, diante da ameaça de boicote por parte da oposição síria.

Apesar de estar ausente da conferência, os países ocidentais reivindicam que o Irã aceite o texto aprovado na primeira conferência de Genebra. O documento de junho de 2012 pedia a formação de um governo de transição.

Para Teerã, porém, o conflito e a questão da saída de Al-Assad devem ser resolvidos por meio de uma eleição presidencial, nos próximos meses.

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O Irã , aliado regional do regime sírio, indicou que está "pronto para ajudar em qualquer tentativa lógica" de solucionar o conflito na Síria , afirmou nesta segunda-feira o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif.

"O Irã está pronto para ajudar em qualquer tentativa lógica, baseada na realidade síria", de resolver o conflito nesse país, que entra em seu quarto ano, declarou Zarif, referindo-se, "em particular, aos esforços das Nações Unidas feitos por Lakhdar Brahimi".

Citado pela agência oficial de notícias Irna, as declarações do chanceler Zarif foram dadas depois de um encontro com o mediador internacional da ONU e da Liga Árabe, que está em Teerã.

Brahimi tenta convencer o Irã a pressionar Damasco para que retome as negociações de paz, paralisadas desde meados de fevereiro.

"Acelerar o retorno à estabilidade política e securitária na Síria pela resolução do conflito terá um impacto na segurança e na estabilidade de toda a região", justificou Brahimi.

Essa visita acontece no momento em que o Exército sírio, apoiado pelo Hezbollah libanês, preparava-se, nesta segunda, para lançar novos ataques ao norte de Damasco.

O Irã é o principal aliado do regime de Bashar al-Assad nesse conflito, nascido de uma onda de contestação popular pacífica deflagrada em 15 de março de 2011 e que se transformou em uma revolta armada diante da repressão. A escalada levou o país a uma guerra total que deixou pelo menos 146 mil mortos, segundo números de organizações não governamentais.

O Irã é acusado, principalmente, de ter um papel ativo no conflito, algo que o que o governo de Teerã nega. O governo iraniano reconhece apenas o envio de "conselheiros" para assessorar o Exército sírio.

Uma segunda sessão de negociações em Genebra entre a oposição e o governo sírio terminou sem resultados práticos, em 15 de fevereiro, devido às divergências entre governo e oposição sobre a agenda de trabalho. Ainda não foi estabelecida uma nova data.

O Irã não participou desse encontro. O convite a Teerã foi cancelado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, diante da ameaça de boicote por parte da oposição síria.

Apesar de estar ausente da conferência, os países ocidentais reivindicam que o Irã aceite o texto aprovado na primeira conferência de Genebra. O documento de junho de 2012 pedia a formação de um governo de transição.

Para Teerã, porém, o conflito e a questão da saída de Al-Assad devem ser resolvidos por meio de uma eleição presidencial, nos próximos meses.

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