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Guerra Israel-Hamas: Irã nega ter ajudado Hamas no planejamento de ataque terrorista

"As acusações relacionadas ao papel do Irã na ofensiva do Hamas contra Israel se baseiam em motivos políticos", declarou o porta-voz da diplomacia iraniana

Irã: "A resistência da nação palestina tem a capacidade, a força e a vontade necessárias para se defender, defender sua nação e tentar recuperar seus direitos perdidos" (Lisi Niesner/Reuters)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 9 de outubro de 2023 às 11h01.

Última atualização em 9 de outubro de 2023 às 16h29.

O governo do Irã negou nesta segunda-feira, 9, que teria ajudado a planejar a operação surpresa do movimento terrorista Hamas em Israel , que ocorreu no sábado, 7.

"As acusações relacionadas ao papel do Irã na ofensiva do Hamas contra Israel se baseiam em motivos políticos", declarou o porta-voz da diplomacia iraniana nesta segunda-feira, afirmando que Teerã não intervém "na tomada de decisões de outras nações, incluindo a Palestina".

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"A resistência da nação palestina tem a capacidade, a força e a vontade necessárias para se defender, defender sua nação e tentar recuperar seus direitos perdidos", disse o porta-voz Nasser Kanani durante uma entrevista coletiva em Teerã.

De acordo com membros do alto escalão do Hamas e do Hezbollah que foram ouvidos pelo jornal americano Wall Street Journal, o regime iraniano deu sinal verde para o ataque terrorista em uma reunião em Beirute na última segunda-feira, 2. Segundo membros dessas organizações, oficiais da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã - o exército do país - trabalharam com o Hamas desde agosto para planejar as incursões aéreas, terrestres e marítimas.

Reuniões em Beirute, capital do Líbano, serviram para detalhar as nuances da operação militar do Hamas. De acordo com o Wall Street Journal, essas reuniões contaram com a presença dos membros da Guarda Revolucionária Islâmica e de quatro grupos militares apoiados pelo Irã, incluindo o Hamas, que atualmente controla a região de Gaza, e o Hezbollah, que é um grupo terrorista xiita e facção política de influência significativa no Líbano.

EUA

Até o momento, o governo americano não conseguiu confirmar o envolvimento do Irã no ataque a Israel. "Ainda não vimos provas de que o Irã dirigiu ou esteve por trás desse ataque em particular, mas certamente há um longo relacionamento", disse o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, em uma entrevista à CNN neste domingo (8).

Ao WSJ , uma autoridade europeia e um conselheiro do governo sírio deram o mesmo relato sobre o envolvimento do Irã na preparação do ataque.

Mahmoud Mirdawi, um alto funcionário do Hamas, disse que o grupo planejou os ataques por conta própria. "Essa é uma decisão palestina e do Hamas".

O líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, elogiou os ataques nas redes sociais. O líder disse que o "regime sionista será erradicado pelas mãos do povo palestino e das forças de resistência em toda a região".

Controle das comunidades

O Exército de Israel anunciou nesta segunda-feira que retomou o "controle total" das localidades do sul de Israel atacadas desde o início da ofensiva no sábado, 7, pelo grupo terrorista palestino Hamas a partir de Gaza, declarou um porta-voz militar, no terceiro dia da guerra entre Israel e o movimento palestino.

"Temos controle das comunidades", declarou o general Daniel Hagari, porta-voz do Exército israelense, em uma declaração televisionada à imprensa, acrescentando que "ainda pode haver terroristas na área".

O ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, ordenou nesta segunda-feira, um "cerco total" à Faixa de Gaza, no terceiro dia de combates após o lançamento de uma ofensiva militar do grupo palestino Hamas, a partir do enclave.

"Estamos impondo um cerco total à Gaza (...) nem eletricidade, nem comida, nem água, nem gás, tudo bloqueado", disse Gallant em um vídeo, referindo-se à população do território palestino, habitado por 2,3 milhões de pessoas.

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