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Irã confirma ter realizado teste com míssil balístico

O ministro de Defesa do Irã, Hossein Dehqan, afirmou que não será permitida "a ingerência estrangeira" nos assuntos de defesa do país

Irã: ministro afirma que o teste está dentro dos programas do país (STR/Reuters)

Irã: ministro afirma que o teste está dentro dos programas do país (STR/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 08h37.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2017 às 09h23.

Teerã - O ministro de Defesa do Irã, Hossein Dehqan, confirmou nesta quarta-feira que o país realizou um lançamento de míssil balístico, um teste que gerou preocupação entre vários países da comunidade internacional.

"O recente teste está dentro de nossos programas e não permitiremos a ingerência estrangeira em nossos assuntos de defesa", disse Dehqan, segundo a agência "Tasnim".

Em resposta à reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o assunto ontem, Dehqan afirmou que o teste não viola o acordo nuclear assinado pelo Irã em 2015 nem a resolução 2231 das Nações Unidas, que proíbe o país de executar testes com mísseis com capacidade de carregar ogivas atômicas.

"Esse teste faz parte da rotina de nossos programas e sempre anunciamos que usaremos nossos programas para a fabricação de itens defensivos, para defender nossos objetivos e interesses nacionais", ressaltou Dehqan.

Ontem, sem confirmar os fatos, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, afirmou que a República Islâmica não usará mísseis balísticos para atacar outros países, embora se reserve o direito de se defender, nem os utilizará para levar ogivas nucleares.

Sobre a preocupação da comunidade internacional, o chanceler ressaltou que o Irã "não precisa de permissão para se defender".

"Esperamos que as discussões sobre os programas defensivos do Irã e que estão fora da resolução 2231 e do acordo nuclear não se transformem em uma desculpa para jogos políticos", alertou Zarif, se referindo aos Estados Unidos.

Dehqan não deu detalhes sobre o lançamento do míssil. A nova embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, disse após o término na reunião do Conselho de Segurança que o teste era "absolutamente inaceitável".

"Vamos atuar. Vamos ser fortes, claros e faremos o necessário para proteger os americanos e as pessoas no mundo todo", disse a diplomata nas Nações Unidas.

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