Irã condena o indiciamento de três iranianos acusados de ciberataques nos EUA
O porta-voz iraniano estimou que "o recurso a uma campanha de propaganda (...) contra o Irã faz parte da política iranofóbica do governo dos Estados Unidos"
AFP
Publicado em 15 de setembro de 2022 às 18h11.
Última atualização em 15 de setembro de 2022 às 18h16.
O Irã condenou veementemente nesta quinta-feira, 15, a acusação pelas autoridades americanas de três iranianos "falsamente acusados" de ataques cibernéticos contra os Estados Unidos e vários outros países.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanani, "condenou fortemente" em comunicado as medidas tomadas contra "cidadãos e empresas com base em falsas acusações sobre seu envolvimento em ciberataques contra os Estados Unidos, falsamente atribuídos ao governo e instituições" da república islâmica.
Mansour Ahmadi, Ahmad Khatibi Aghda e Amir Hossein Nickaein foram acusados de realizar ataques cibernéticos nos Estados Unidos, Reino Unido, Israel e Rússia, mas também dentro do Irã, segundo documentos judiciais divulgados na quarta-feira pelas autoridades americanas.
O porta-voz iraniano estimou que "o recurso a uma campanha de propaganda (...) contra o Irã faz parte da política iranofóbica do governo dos Estados Unidos, que fracassou e não leva a lugar nenhum".
Os documentos dos EUA não mencionam qualquer vínculo com o governo iraniano e o FBI sustenta que o objetivo desses ataques realizados entre outubro de 2020 e agosto de 2022 foi o enriquecimento pessoal.
No entanto, os departamentos de Estado e do Tesouro afirmam que fazem parte de um grupo de hackers "filiados à Guarda Revolucionária", o poderoso exército ideológico do Irã.
Acredita-se que os três homens estejam no Irã, de acordo com uma autoridade que pediu para não ser identificada.
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