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Irã adia investigação sobre armas nucleares, diz ONU

Segundo relatório da ONU, país não está tratando das suspeitas de que pode ter trabalhado no projeto de uma bomba atômica

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 16h12.

Viena - O Irã não está tratando das suspeitas de que pode ter trabalhado no projeto de uma bomba atômica, de acordo com o relatório mais recente de uma agência da Organização das Nações Unidas ( ONU ), o que pode complicar os esforços das potências mundiais para chegar a um acordo com Teerã a respeito de seu programa nuclear.

O relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirma que Teerã ainda não forneceu informações que deveria ter produzido dois meses atrás para ajudar o progresso de um inquérito já antigo da agência sobre uma suposta pesquisa sobre armas nucleares.

O documento confidencial foi entregue aos países membros da AIEA menos de três semanas antes do prazo de 24 de novembro, nos termos do qual o Irã e seis potências globais buscam pôr fim a um impasse de uma década a propósito das atividades atômicas da República Islâmica.

“O Irã não ofereceu quaisquer explicações que permitam à agência esclarecer as medidas práticas extraordinárias”, afirma o relatório.

A AIEA se referia a duas medidas que o Irã concordou em adotar até o final de agosto, prestando informações a respeito de alegações de testes com explosivos e outras atividades que podem ser empregadas para desenvolver bombas nucleares.

O Irã nega qualquer intenção de construir armas atômicas, dizendo que seu programa nuclear tem por fim gerar eletricidade.

A agência da ONU declarou que os dois lado se reuniram pela última vez no dia 2 de novembro na capital iraniana, e que concordaram em se reencontrar assim que possível, mas não antes de 24 de novembro.

“Não houve progresso, basicamente”, afirmou um diplomata familiarizado com o dossiê iraniano.

O impasse na investigação da AIEA dá a entender que qualquer avanço adicional terá que esperar até que as negociações entre o Irã e Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, França, Alemanha e Rússia sejam concluídas.

O Irã quer que as conversas levem à suspensão das sanções internacionais a sua economia, dependente do petróleo, mas autoridades ocidentais dizem que primeiro o país precisa aprofundar sua cooperação com a AIEA e ajudar a esclarecer preocupações de longa data sobre as ambições nucleares de Teerã.

Enquanto as seis potências esperam que o Irã reduza seu programa de enriquecimento de urânio – adiando assim qualquer iniciativa secreta de construir armas nucleares –, a AIEA investiga alegações sobre pesquisas passadas para o desenvolvimento de uma bomba.

Embora esteja claro há tempos que o inquérito da agência a respeito das possíveis dimensões militares do programa iraniano não ficará pronto antes da data limite para um acordo com as potências, diplomatas ocidentais esperavam mais progresso a esta altura.

Teerã e o chamado P5+1 irão se reunir em Viena a partir de 18 de novembro para tentar selar um acordo de longo prazo que ponha fim ao dilema de uma década, que despertou temores de uma nova guerra no Oriente Médio.

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Viena - O Irã não está tratando das suspeitas de que pode ter trabalhado no projeto de uma bomba atômica, de acordo com o relatório mais recente de uma agência da Organização das Nações Unidas ( ONU ), o que pode complicar os esforços das potências mundiais para chegar a um acordo com Teerã a respeito de seu programa nuclear.

O relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirma que Teerã ainda não forneceu informações que deveria ter produzido dois meses atrás para ajudar o progresso de um inquérito já antigo da agência sobre uma suposta pesquisa sobre armas nucleares.

O documento confidencial foi entregue aos países membros da AIEA menos de três semanas antes do prazo de 24 de novembro, nos termos do qual o Irã e seis potências globais buscam pôr fim a um impasse de uma década a propósito das atividades atômicas da República Islâmica.

“O Irã não ofereceu quaisquer explicações que permitam à agência esclarecer as medidas práticas extraordinárias”, afirma o relatório.

A AIEA se referia a duas medidas que o Irã concordou em adotar até o final de agosto, prestando informações a respeito de alegações de testes com explosivos e outras atividades que podem ser empregadas para desenvolver bombas nucleares.

O Irã nega qualquer intenção de construir armas atômicas, dizendo que seu programa nuclear tem por fim gerar eletricidade.

A agência da ONU declarou que os dois lado se reuniram pela última vez no dia 2 de novembro na capital iraniana, e que concordaram em se reencontrar assim que possível, mas não antes de 24 de novembro.

“Não houve progresso, basicamente”, afirmou um diplomata familiarizado com o dossiê iraniano.

O impasse na investigação da AIEA dá a entender que qualquer avanço adicional terá que esperar até que as negociações entre o Irã e Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, França, Alemanha e Rússia sejam concluídas.

O Irã quer que as conversas levem à suspensão das sanções internacionais a sua economia, dependente do petróleo, mas autoridades ocidentais dizem que primeiro o país precisa aprofundar sua cooperação com a AIEA e ajudar a esclarecer preocupações de longa data sobre as ambições nucleares de Teerã.

Enquanto as seis potências esperam que o Irã reduza seu programa de enriquecimento de urânio – adiando assim qualquer iniciativa secreta de construir armas nucleares –, a AIEA investiga alegações sobre pesquisas passadas para o desenvolvimento de uma bomba.

Embora esteja claro há tempos que o inquérito da agência a respeito das possíveis dimensões militares do programa iraniano não ficará pronto antes da data limite para um acordo com as potências, diplomatas ocidentais esperavam mais progresso a esta altura.

Teerã e o chamado P5+1 irão se reunir em Viena a partir de 18 de novembro para tentar selar um acordo de longo prazo que ponha fim ao dilema de uma década, que despertou temores de uma nova guerra no Oriente Médio.

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