Exame Logo

Investigação aponta que genro do rei da Espanha desviou 5,8 milhões de euros

O promotor Pedro Horrach declarou que o genro do rei e seu sócio 'terceirizam a si próprios' para desenvolver um trabalho encomendado ao Instituto Nóos

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2012 às 18h48.

Madri - A Procuradoria Anticorrupção espanhola cifrou em 5,8 milhões de euros o dinheiro que Iñaki Urdangarin, genro do rei Juan Carlos I da Espanha , e seu sócio Diego Torres receberam supostamente de maneira irregular quando dirigiam o Instituto Nóos.

Essa quantidade é praticamente idêntica à qual, nesse mesmo período, o Instituto recebeu de organismos públicos espanhóis.

A mecânica de desvio de fundos descrita pela Procuradoria em seus relatórios consistia em que, uma vez obtidas - sem licitação prévia - as incumbências, o Instituto Nóos encomendava os trabalhos a sociedades mercantis propriedade dos próprios Urdangarin e Torres.

O promotor Pedro Horrach declarou que o genro do rei e seu sócio 'terceirizam a si próprios' para desenvolver um trabalho encomendado ao Instituto Nóos, 'aparentemente uma associação sem fins lucrativos', embora 'o que derive dessa subcontratação (...) seja precisamente a concorrência de um ânimo desmedido por lucro'.

Lucros, aliás, que eram significativos, segundo o representante do Ministério Público espanhol, já que a Nóos apresentava 'orçamentos fictícios' e fixava preços 'totalmente desproporcionais'.

Além disso, o percurso do dinheiro recebido pela Nóos não terminava nas empresas do genro do Rei e de seu sócio porque, segundo a investigação, estes teceram uma 'estrutura societária' em Belize e no Reino Unido que usaram para desviar mais de 900 mil euros.

O marido da infanta Cristina, filha mais nova do rei da Espanha, foi acusado na semana passada pelos supostos delitos de desvio, fraude, falsificação de documentos e prevaricação em suas atividades à frente do Instituto Nóos.

Veja também

Madri - A Procuradoria Anticorrupção espanhola cifrou em 5,8 milhões de euros o dinheiro que Iñaki Urdangarin, genro do rei Juan Carlos I da Espanha , e seu sócio Diego Torres receberam supostamente de maneira irregular quando dirigiam o Instituto Nóos.

Essa quantidade é praticamente idêntica à qual, nesse mesmo período, o Instituto recebeu de organismos públicos espanhóis.

A mecânica de desvio de fundos descrita pela Procuradoria em seus relatórios consistia em que, uma vez obtidas - sem licitação prévia - as incumbências, o Instituto Nóos encomendava os trabalhos a sociedades mercantis propriedade dos próprios Urdangarin e Torres.

O promotor Pedro Horrach declarou que o genro do rei e seu sócio 'terceirizam a si próprios' para desenvolver um trabalho encomendado ao Instituto Nóos, 'aparentemente uma associação sem fins lucrativos', embora 'o que derive dessa subcontratação (...) seja precisamente a concorrência de um ânimo desmedido por lucro'.

Lucros, aliás, que eram significativos, segundo o representante do Ministério Público espanhol, já que a Nóos apresentava 'orçamentos fictícios' e fixava preços 'totalmente desproporcionais'.

Além disso, o percurso do dinheiro recebido pela Nóos não terminava nas empresas do genro do Rei e de seu sócio porque, segundo a investigação, estes teceram uma 'estrutura societária' em Belize e no Reino Unido que usaram para desviar mais de 900 mil euros.

O marido da infanta Cristina, filha mais nova do rei da Espanha, foi acusado na semana passada pelos supostos delitos de desvio, fraude, falsificação de documentos e prevaricação em suas atividades à frente do Instituto Nóos.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoCrimeEscândalosEspanhaEuropaFraudesPiigs

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame