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Inglesas receberão R$ 16 mil para auxílio com parto em casa

As gestantes do país vão receber um "orçamento pessoal" no valor de pelo menos £ 3.000 e poderão escolher como usar esse dinheiro nos cuidados do parto


	Grávidas: segundo relatório, um parto em casa é o desejo de 25% das mulheres inglesas
 (Thinkstock)

Grávidas: segundo relatório, um parto em casa é o desejo de 25% das mulheres inglesas (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2016 às 21h01.

São Paulo - A agência nacional de saúde da Inglaterra, conhecida pela sigla de NHS, resolveu lançar uma medida para ampliar as escolhas das mulheres grávidas sobre quais tipos de cuidado - hospitalar ou domiciliar - desejam obter.

De acordo com a BBC, as gestantes do país vão receber um "orçamento pessoal" no valor de pelo menos £ 3.000 (R$ 16.500) e poderão escolher como usar esse dinheiro, seja em cuidados hospitalares ou em partos domiciliares.

Segundo a emissora, as recomendações do projeto piloto - que começa a vigorar ainda este ano, e deve ser ampliado em 2017 - fazem parte de um movimento no NHS para aumentar as possibilidades de escolha que as mulheres têm, e aumentar a segurança nos serviços de maternidade.


No país, em um em cada 17 nascimentos há incidentes que resultam em algum nível de prejuízo ao bebê ou à mãe.

A revisão nos procedimentos foi feita após a publicação de inquéritos alegando falhas que causaram a morte de bebês em hospitais no país.

"A segurança é inconstante nos serviços de maternidade e há espaço para significativas melhoras em muitos deles" afirma o texto, que diz ainda que nem todos os incidentes envolvendo mães e bebês dentro dos hospitais são reportados.

O Independent afirma que, de acordo com as novas diretrizes, além de receber o dinheiro, a mulher será informada sobre quais as opções de serviço são oferecidas pelo NHS no âmbito local, o que inclui companhias privadas que trabalhem com parto domiciliar, acupuntura e hipnose.

O dinheiro também pode ser usado para serviços contratados após o parto, como suporte à amamentação.

Com isso, a mulher poderá tomar a decisão de como, onde, e sobre qual tipo de cuidado ela irá receber. "Toda mulher merece receber cuidado personalizado e baseado em suas necessidades e decisões individuais", afirmou o estudioso Sir Mike Richards ao Independent.

O relatório que conduziu a mudança nas diretrizes, segundo o Guardian, foi conduzido por pesquisadores independentes em parceria com a NHS, e recomenda também que a tecnologia seja mais explorada durante a fase pré-natal.

"Nós precisamos acordar para o uso de tecnologias. Elas [mulheres consultadas pela equipe de pesquisa] têm um iPhone onde está sua vida toda, e nós ainda nos guiamos pelo uso do papel", afirma Julia Cumberlege, uma das responsáveis pelo estudo, que defende que os registros médicos sejam eletrônicos e possam ser acessados pelas próprias pacientes.

"Para estarmos entre os melhores do mundo, nós precisamos colocar as mulheres, os bebês e suas famílias como protagonistas. É muito importante que eles tenham apoio durante uma experiência que pode ser maravilhosa e que vai mudar suas vidas".

O estudo também conclui que cerca de 90% das mulheres dão à luz em ambientes hospitalares, mas apenas uma em cada quatro disse que essa seria a sua primeira opção.

Segundo a BBC, uma das conclusões do estudo foi que não é possível presumir "automaticamente" que o desejo da mulher é dar à luz em um hospital.

No ano de 2014, apenas 2% dos partos realizados na Inglaterra foram feitos dentro de casa. Apesar do índice baixo, um parto em casa é o desejo de 25% das mulheres, de acordo com o relatório.

De acordo com o Daily Mail, o orçamento completo deve ser disponibilizado entre 2018 e 2019, e as mulheres que preferirem não receber o auxílio e ter todo o acompanhamento em ambiente hospitalar, poderão fazê-lo.

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