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Identificação de estudantes mexicanos pode levar meses

Especialistas disseram que precisarão de pelo menos 2 meses para determinar se podem identificar as vítimas do aparente massacre de 43 mexicanos


	Manifestante carrega foto de estudante desaparecido no México
 (Jorge Dan Lopez/Reuters)

Manifestante carrega foto de estudante desaparecido no México (Jorge Dan Lopez/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 22h56.

Viena - Especialistas forenses austríacos precisarão de pelo menos dois meses para determinar se podem identificar as vítimas do aparente massacre de 43 mexicanos, alertaram os próprios nesta terça-feira, mas disseram que as chances são pequenas pelo fato de as amostras estarem danificadas.

O México declarou que indícios crescentes e testes iniciais de DNA confirmaram que 43 estudantes de pedagogia sequestrados por policiais corruptos 10 semanas atrás foram incinerados em um lixão por membros de um cartel de drogas.

O ataque chocou o México e atraiu atenção para o elo entre impunidade, corrupção e cartéis do narcotráfico que assola o país há anos. O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, passa por sua pior crise em função da maneira como o governo vem lidando com a investigação.

Especialistas forenses austríacos que ajudaram a solucionar o mistério do assassinato da família imperial russa identificaram um estudante no começo deste mês usando amostras enviadas à Universidade de Medicina de Innsbruck.

Mas as amostras restantes se encontram em tão mau estado que mesmo análises especializadas e demoradas que se concentram no DNA mitocondrial podem exigir meses, se é que revelarão alguma informação útil.

“Esperamos resultados nos próximos dois a três meses”, disse o biólogo molecular Walther Parson, especialista renomado do instituto forense da Universidade de Medicina de Innsbruck, que trabalha no caso mexicano.

“As chances de resultados úteis, mesmo com DNA mitocondrial, são muito escassas, mas tentaremos tudo para criar mais perfis em potencial baseados em DNA.” A equipe de Parson recebeu amostras biológicas de parentes dos estudantes desaparecidos que podem ser comparadas à informação genética das amostras coletadas no México.

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