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Idealizador de roubo do século na Argentina abre joalheria

"Há tempos de roubar e tempos de trabalhar, e este é o tempo de trabalhar", declarou recentemente o uruguaio Luis Mario Vitette

Joias: estima-se que, no famoso roubo, a quadrilha de Vitette roubou US$ 8 milhões e vários quilos de joias, mas o plano fracassou quando a esposa de um deles denunciou a quadrilha (Elnur Novruzov / Dreamstime)
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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 16h03.

Montevidéu - O uruguaio Luis Mario Vitette, o cérebro de um cinematográfico roubo a um banco na Argentina em 2006, começou uma nova vida no Uruguai à frente de uma joalheria na cidade de San José de Mayo, que atualmente tem 300 seguidores no Facebook.

"Há tempos de roubar e tempos de trabalhar, e este é o tempo de trabalhar", declarou recentemente Vitette ao Canal 10 da televisão uruguaia.

Segundo a emissora, o criminoso aprendeu há várias décadas o ofício de relojoeiro durante sua estadia na prisão de Punta Carretas, em Montevidéu.

"Roubar em minha joalheria seria como tirar a bola de Maradona", avisou Vitette.

A loja fica perto de uma central de câmbio e pagamento de faturas da cidade localizada a menos de 100 quilômetros da capital, o que despertou as suspeitas de vários moradores da região.

Vitette assegurou, no entanto, que possui "muito mais dinheiro que Abitab", nome da casa de câmbio.

O autor do chamado "roubo do século" não desmentiu que parte do dinheiro investido na abertura da joalheria viesse do botim obtido no assalto que fez em 2006.

Por outro lado, descartou que as joias postas à venda em seu estabelecimento sejam de procedência ilícita.


A loja, promovida como "a única oficina de joalheria e relojoaria antiga de San José", conta com um perfil em Facebook, seguido por cerca de 300 usuários, onde Vitette foi publicando imagens do processo de acondicionamento e abertura do local.

Também convocou através das redes sociais um concurso para encontrar uma modelo que fosse "o rosto" de sua joalheria a cada mês, e não hesitou em se fotografar junto à ganhadora de fevereiro.

Estima-se que, no famoso roubo, a quadrilha de Vitette roubou US$ 8 milhões e vários quilos de joias, mas o plano fracassou quando a esposa de um deles denunciou a quadrilha.

Vitette, que no julgamento confessou sua participação no roubo, foi sentenciado em agosto de 2010 a 21 anos e seis meses de prisão, mas no final cumpriu pouco mais da metade da pena, já que havia sido preso antes.

Em 30 de agosto de 2013, o uruguaio foi libertado por um privilégio da legislação migratória argentina, segundo o qual um condenado estrangeiro pode acolher-se à expulsão do país se cumpriu a metade de sua pena, e retornou ao Uruguai, onde as autoridades questionaram sua libertação.

Na TV uruguaia, Vitette soltou pérolas como: "Não roubo para ter, roubo para ser" e "Como me vou me arrepender se fiz um investimento e tive uma preparação e um estudo para fazer isso".

Em meados de mês passado de setembro, o Ministério do Interior uruguaio apresentou uma acusação contra Vitette, acusando-o de cometer "apologia ao crime" com suas declarações públicas.

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Montevidéu - O uruguaio Luis Mario Vitette, o cérebro de um cinematográfico roubo a um banco na Argentina em 2006, começou uma nova vida no Uruguai à frente de uma joalheria na cidade de San José de Mayo, que atualmente tem 300 seguidores no Facebook.

"Há tempos de roubar e tempos de trabalhar, e este é o tempo de trabalhar", declarou recentemente Vitette ao Canal 10 da televisão uruguaia.

Segundo a emissora, o criminoso aprendeu há várias décadas o ofício de relojoeiro durante sua estadia na prisão de Punta Carretas, em Montevidéu.

"Roubar em minha joalheria seria como tirar a bola de Maradona", avisou Vitette.

A loja fica perto de uma central de câmbio e pagamento de faturas da cidade localizada a menos de 100 quilômetros da capital, o que despertou as suspeitas de vários moradores da região.

Vitette assegurou, no entanto, que possui "muito mais dinheiro que Abitab", nome da casa de câmbio.

O autor do chamado "roubo do século" não desmentiu que parte do dinheiro investido na abertura da joalheria viesse do botim obtido no assalto que fez em 2006.

Por outro lado, descartou que as joias postas à venda em seu estabelecimento sejam de procedência ilícita.


A loja, promovida como "a única oficina de joalheria e relojoaria antiga de San José", conta com um perfil em Facebook, seguido por cerca de 300 usuários, onde Vitette foi publicando imagens do processo de acondicionamento e abertura do local.

Também convocou através das redes sociais um concurso para encontrar uma modelo que fosse "o rosto" de sua joalheria a cada mês, e não hesitou em se fotografar junto à ganhadora de fevereiro.

Estima-se que, no famoso roubo, a quadrilha de Vitette roubou US$ 8 milhões e vários quilos de joias, mas o plano fracassou quando a esposa de um deles denunciou a quadrilha.

Vitette, que no julgamento confessou sua participação no roubo, foi sentenciado em agosto de 2010 a 21 anos e seis meses de prisão, mas no final cumpriu pouco mais da metade da pena, já que havia sido preso antes.

Em 30 de agosto de 2013, o uruguaio foi libertado por um privilégio da legislação migratória argentina, segundo o qual um condenado estrangeiro pode acolher-se à expulsão do país se cumpriu a metade de sua pena, e retornou ao Uruguai, onde as autoridades questionaram sua libertação.

Na TV uruguaia, Vitette soltou pérolas como: "Não roubo para ter, roubo para ser" e "Como me vou me arrepender se fiz um investimento e tive uma preparação e um estudo para fazer isso".

Em meados de mês passado de setembro, o Ministério do Interior uruguaio apresentou uma acusação contra Vitette, acusando-o de cometer "apologia ao crime" com suas declarações públicas.

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