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Hollande e Rajoy contra o desemprego dos jovens na Europa

O evento contou ainda com as participações de vários ministros franceses, italianos e alemães, assim como empresários, economistas e universitários

Em coletiva de imprensa conjunta no final de uma reunião no palácio presidencial francês, os dois presidentes reiteraram as propostas que haviam feito pouco antes no colóquio realizado em Paris sobre o futuro da Europa (AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2013 às 20h25.

O presidente francês, François Hollande, e o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, destacaram nesta terça-feira que a prioridade absoluta da Europa é o emprego dos jovens , manifestando o acordo sobre "temas fundamentais e o contexto", antes do conselho europeu de junho, quando esperam "avanços claros" em matéria de emprego e crescimento.

Em coletiva de imprensa conjunta no final de uma reunião no palácio presidencial francês, os dois presidentes reiteraram as propostas que haviam feito pouco antes no colóquio realizado em Paris sobre o futuro da Europa, destacando a urgência de utilizar os fundos já disponíveis para reduzir o desemprego e facilitar o financiamento das pequenas e médias empresas através dos fundos do Banco Europeu de Investimentos.

Para isso, Rajoy propôs que a instituição "triplique o volume anual de financiamento" dedicado às pequenas e médias empresas, de 10 a 30 bilhões de euros.

Em relação ao emprego juvenil, propuseram a criação de um mecanismo que exclua temporariamente as bonificações às cotas sociais para os contratos de jovens do cálculo do Déficit Excessivo e pediu a "utilização acelerada dos recursos" já disponíveis na UE.

O presidente francês, François Hollande, ao abrir o evento, pela manhã, afirmou a necessidade de "atuar com urgência" a favor do emprego dos jovens na Europa.

"Temos que atuar com urgência, seis milhões de jovens estão desempregados na Europa e quase 14 milhões não têm trabalho, não estudam ou não estão aprendendo", disse Hollande durante o evento na Universidade de Ciências Políticas de Paris que tem como tema "Europa: as próximas etapas".

"Seguir rápido é o primeiro objetivo quando há urgência, e há urgência para o emprego dos jovens", afirmou o presidente francês.

"Estamos de acordo com a chanceler Angela Merkel em alcançar um verdadeiro plano para o emprego dos jovens este ano", declarou, antes de ressaltar que a Comissão Europeia está "mobilizada", assim como o Parlamento Europeu, "consciente de sua própria responsabilidade".


Rajoy, que fez o discurso de encerramento, afirmou que a Europa enfrenta duas crises, uma econômica e outra política e que, para recuperar a confiança dos cidadãos, deve "fazer mais, melhor, mais rápido e de forma mais eficiente".

Ele afirmou que o próximo conselho europeu do final de junho "é crucial para mostrar que a União Europeia cumpre o acordo" e é capaz de fazê-lo com eficácia.

As instituições europeias devem estar conscientes "do que os cidadãos pedem".

Será necessário acompanhar a construção de uma verdadeira União econômica, monetária, bancária e fiscal com um modelo e instrumentos "que permitam dotar de legitimidade democrática todo o projeto", disse.

O evento, organizado pelo Instituto Berggruen, contou ainda com as participações de vários ministros franceses, italianos e alemães, assim como empresários, economistas e universitários.

Também estavam presentes vários ex-chefes de governo, como o italiano Mario Monti, o espanhol Felipe González e francês François Fillon, que tomaram a palavra, assim como o presidente do Parlamento europeu, Martin Schulz, e o ex-presidente da Comissão Europeia, Jacques Delors.

No dia 3 de junho, haverá uma reunião dos ministros do Trabalho dos 27 países da UE em Berlim, presidida pela chanceler alemã Angela Merkel, após uma reunião de cúpula europeia em 30 de junho em Bruxelas.

"Nesta ocasião também teremos que dar uma nova amplitude a este plano para o emprego dos jovens, com o objetivo de evitar uma "ruptura" geracional com a juventude europeia afetada pela crise e o desemprego", destacou Hollande, antes de advertir que a crise questiona "a ideia de uma Europa de esperança e de proteção".

A Alemanha tem uma taxa de 8% de desempregados entre os jovens de entre 15 e 24 anos, o menor índice da União Europeia, mas na França o número chega a 25%, na Itália e em Portugal a 38%, e na Grécia e na Espanha supera inclusive os 55%.

Seis bilhões de euros estão previstos a favor do emprego dos jovens no orçamento europeu 2014-2020, que o Parlamento Europeu deve adotar. Hollande e Rajoy desejam que esses fundos sejam mobilizados rapidamente.

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O presidente francês, François Hollande, e o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, destacaram nesta terça-feira que a prioridade absoluta da Europa é o emprego dos jovens , manifestando o acordo sobre "temas fundamentais e o contexto", antes do conselho europeu de junho, quando esperam "avanços claros" em matéria de emprego e crescimento.

Em coletiva de imprensa conjunta no final de uma reunião no palácio presidencial francês, os dois presidentes reiteraram as propostas que haviam feito pouco antes no colóquio realizado em Paris sobre o futuro da Europa, destacando a urgência de utilizar os fundos já disponíveis para reduzir o desemprego e facilitar o financiamento das pequenas e médias empresas através dos fundos do Banco Europeu de Investimentos.

Para isso, Rajoy propôs que a instituição "triplique o volume anual de financiamento" dedicado às pequenas e médias empresas, de 10 a 30 bilhões de euros.

Em relação ao emprego juvenil, propuseram a criação de um mecanismo que exclua temporariamente as bonificações às cotas sociais para os contratos de jovens do cálculo do Déficit Excessivo e pediu a "utilização acelerada dos recursos" já disponíveis na UE.

O presidente francês, François Hollande, ao abrir o evento, pela manhã, afirmou a necessidade de "atuar com urgência" a favor do emprego dos jovens na Europa.

"Temos que atuar com urgência, seis milhões de jovens estão desempregados na Europa e quase 14 milhões não têm trabalho, não estudam ou não estão aprendendo", disse Hollande durante o evento na Universidade de Ciências Políticas de Paris que tem como tema "Europa: as próximas etapas".

"Seguir rápido é o primeiro objetivo quando há urgência, e há urgência para o emprego dos jovens", afirmou o presidente francês.

"Estamos de acordo com a chanceler Angela Merkel em alcançar um verdadeiro plano para o emprego dos jovens este ano", declarou, antes de ressaltar que a Comissão Europeia está "mobilizada", assim como o Parlamento Europeu, "consciente de sua própria responsabilidade".


Rajoy, que fez o discurso de encerramento, afirmou que a Europa enfrenta duas crises, uma econômica e outra política e que, para recuperar a confiança dos cidadãos, deve "fazer mais, melhor, mais rápido e de forma mais eficiente".

Ele afirmou que o próximo conselho europeu do final de junho "é crucial para mostrar que a União Europeia cumpre o acordo" e é capaz de fazê-lo com eficácia.

As instituições europeias devem estar conscientes "do que os cidadãos pedem".

Será necessário acompanhar a construção de uma verdadeira União econômica, monetária, bancária e fiscal com um modelo e instrumentos "que permitam dotar de legitimidade democrática todo o projeto", disse.

O evento, organizado pelo Instituto Berggruen, contou ainda com as participações de vários ministros franceses, italianos e alemães, assim como empresários, economistas e universitários.

Também estavam presentes vários ex-chefes de governo, como o italiano Mario Monti, o espanhol Felipe González e francês François Fillon, que tomaram a palavra, assim como o presidente do Parlamento europeu, Martin Schulz, e o ex-presidente da Comissão Europeia, Jacques Delors.

No dia 3 de junho, haverá uma reunião dos ministros do Trabalho dos 27 países da UE em Berlim, presidida pela chanceler alemã Angela Merkel, após uma reunião de cúpula europeia em 30 de junho em Bruxelas.

"Nesta ocasião também teremos que dar uma nova amplitude a este plano para o emprego dos jovens, com o objetivo de evitar uma "ruptura" geracional com a juventude europeia afetada pela crise e o desemprego", destacou Hollande, antes de advertir que a crise questiona "a ideia de uma Europa de esperança e de proteção".

A Alemanha tem uma taxa de 8% de desempregados entre os jovens de entre 15 e 24 anos, o menor índice da União Europeia, mas na França o número chega a 25%, na Itália e em Portugal a 38%, e na Grécia e na Espanha supera inclusive os 55%.

Seis bilhões de euros estão previstos a favor do emprego dos jovens no orçamento europeu 2014-2020, que o Parlamento Europeu deve adotar. Hollande e Rajoy desejam que esses fundos sejam mobilizados rapidamente.

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