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Hillary perde vantagem, mas ganha apoio entre republicanos

Faltando 2 meses para a eleição, Hillary parece ter perdido a confortável distância que tinha em estados-chave e em nível nacional para Trump

Hillary: uma pesquisa divulgada nesta terça pela emissora "CNN" mostra que Trump tem 45% dos votos entre os "eleitores mais prováveis" (Brian Snyder/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2016 às 15h21.

Washington - A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, perdeu parte da grande vantagem que tinha para seu rival republicano, Donald Trump , nas pesquisas que inauguraram a reta final da campanha do país, mas ganhou espaço em redutos tradicionalmente conservadores como o estado do Texas.

Faltando dois meses para o pleito que decidirá o substituto de Barack Obama na Casa Branca, a ex-primeira-dama parece ter perdido a confortável distância que tinha em estados-chave e em nível nacional para o empresário, mas segue na frente considerando o colégio eleitoral.

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pela emissora "CNN" mostra que Trump tem 45% dos votos entre os "eleitores mais prováveis" contra 43% de Hillary.

No entanto, entre os eleitores registrados, a ex-secretária de Estado vence por 44% a 41%.

Como eleitores "mais prováveis", a CNN considera grupos que devem ir às urnas no pleito do próximo dia 8 de novembro, já que o voto não é obrigatório nos EUA. Segundo analistas, uma baixa participação eleitoral beneficiaria o candidato republicano na disputa.

A pesquisa, realizada entre os dias 1 e 4 de setembro, reduz significativamente a vantagem de oito pontos obtida por Hillary em julho, em levantamento feito logo depois da Convenção Democrata, realizada na Filadélfia.

Essa alta é comum devido à grande atenção midiática dada aos eventos que indicam os candidatos de cada partido à disputa pela presidência do país.

No entanto, é a análise por estado, que com seus 538 votos no colégio eleitoral garantem a presidência, que revela uma previsão mais confiável sobre as possibilidades de vitória dos concorrentes republicano e democrata na campanha.

Segundo uma pesquisa online publicada hoje pelo jornal "The Washington Post" realizada entre os dias 9 de agosto e 1º de setembro, o descontentamento em setores importantes do eleitorado conservador com a escolha de Trump como candidato pode transformar em disputados estados que os republicanos dominam com tranquilidade há mais de 30 anos.

É o caso do Texas, que garante 38 votos no colégio eleitoral.

A pesquisa do "Post", realizada com eleitores registrados nos 50 estados do país, mostra que Hillary ainda não tem garantidos os 270 votos necessários no colégio eleitoral para vencer a presidência. No entanto, leva grande vantagem sobre Trump: 244 a 126.

No Texas, um estado que não se inclina para o lado democrata desde 1976, a ex-secretária de Estado vence o empresário por 46% a 45%. No entanto, se acrescentados na pesquisa os partidos minoritários - Libertários e Verdes -, ambos ficam com 40%.

Tradicionalmente, os republicanos têm votos certos no sul e no meio-oeste dos EUA, e os democratas no oeste e nordeste (com a Califórnia e Nova York como principais redutos).

Mas um Texas dividido mudaria radicalmente a campanha, deixando estados como Ohio, hoje parada obrigatória, em um segundo plano.

Além disso, Hillary vence por pequenas vantagens ou empata nos outros "swing states": Colorado (empate), Florida (2 pontos), Arizona (2 pontos), Pensilvânia (3 pontos) e Nevada (3 pontos). Trump, por sua vez, vence o próprio Ohio por mais de três pontos.

O imprevisível Trump, que não conta com o apoio de figuras centrais do Partido Republicano, não só fez com que estados indiscutivelmente conservadores como o Texas, Geórgia e Mississipi sejam agora incógnitas, mas também permitiu que o Partido Libertário tenha intenções de voto historicamente altas.

Liderados por Gary Johnson, os libertários obtêm 7% de intenções de voto em nível nacional, segundo a pesquisa da "CNN", e de 12% na pesquisa divulgada hoje pela "NBC", que aponta uma vantagem de apenas quatro pontos percentuais de Hillary sobre Trump.

Johnson obteria, de acordo com as projeções do "Post", 16% no Colorado, 13% no Arizona e incríveis 25% no Novo México. Sua configuração como terceira via poderia ser desastrosa para as aspirações de Trump ao diminuir os votos republicanos no pleito.

Já o Partido Verde, de Jill Stein, se mantém a margem da disputa. A única exceção é em Vermont, estado natal do senador Bernie Sanders, que representou a ala mais progressista dos democratas nas primárias contra Hillary, em que Stein obtém 10% dos votos.

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Washington - A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, perdeu parte da grande vantagem que tinha para seu rival republicano, Donald Trump , nas pesquisas que inauguraram a reta final da campanha do país, mas ganhou espaço em redutos tradicionalmente conservadores como o estado do Texas.

Faltando dois meses para o pleito que decidirá o substituto de Barack Obama na Casa Branca, a ex-primeira-dama parece ter perdido a confortável distância que tinha em estados-chave e em nível nacional para o empresário, mas segue na frente considerando o colégio eleitoral.

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pela emissora "CNN" mostra que Trump tem 45% dos votos entre os "eleitores mais prováveis" contra 43% de Hillary.

No entanto, entre os eleitores registrados, a ex-secretária de Estado vence por 44% a 41%.

Como eleitores "mais prováveis", a CNN considera grupos que devem ir às urnas no pleito do próximo dia 8 de novembro, já que o voto não é obrigatório nos EUA. Segundo analistas, uma baixa participação eleitoral beneficiaria o candidato republicano na disputa.

A pesquisa, realizada entre os dias 1 e 4 de setembro, reduz significativamente a vantagem de oito pontos obtida por Hillary em julho, em levantamento feito logo depois da Convenção Democrata, realizada na Filadélfia.

Essa alta é comum devido à grande atenção midiática dada aos eventos que indicam os candidatos de cada partido à disputa pela presidência do país.

No entanto, é a análise por estado, que com seus 538 votos no colégio eleitoral garantem a presidência, que revela uma previsão mais confiável sobre as possibilidades de vitória dos concorrentes republicano e democrata na campanha.

Segundo uma pesquisa online publicada hoje pelo jornal "The Washington Post" realizada entre os dias 9 de agosto e 1º de setembro, o descontentamento em setores importantes do eleitorado conservador com a escolha de Trump como candidato pode transformar em disputados estados que os republicanos dominam com tranquilidade há mais de 30 anos.

É o caso do Texas, que garante 38 votos no colégio eleitoral.

A pesquisa do "Post", realizada com eleitores registrados nos 50 estados do país, mostra que Hillary ainda não tem garantidos os 270 votos necessários no colégio eleitoral para vencer a presidência. No entanto, leva grande vantagem sobre Trump: 244 a 126.

No Texas, um estado que não se inclina para o lado democrata desde 1976, a ex-secretária de Estado vence o empresário por 46% a 45%. No entanto, se acrescentados na pesquisa os partidos minoritários - Libertários e Verdes -, ambos ficam com 40%.

Tradicionalmente, os republicanos têm votos certos no sul e no meio-oeste dos EUA, e os democratas no oeste e nordeste (com a Califórnia e Nova York como principais redutos).

Mas um Texas dividido mudaria radicalmente a campanha, deixando estados como Ohio, hoje parada obrigatória, em um segundo plano.

Além disso, Hillary vence por pequenas vantagens ou empata nos outros "swing states": Colorado (empate), Florida (2 pontos), Arizona (2 pontos), Pensilvânia (3 pontos) e Nevada (3 pontos). Trump, por sua vez, vence o próprio Ohio por mais de três pontos.

O imprevisível Trump, que não conta com o apoio de figuras centrais do Partido Republicano, não só fez com que estados indiscutivelmente conservadores como o Texas, Geórgia e Mississipi sejam agora incógnitas, mas também permitiu que o Partido Libertário tenha intenções de voto historicamente altas.

Liderados por Gary Johnson, os libertários obtêm 7% de intenções de voto em nível nacional, segundo a pesquisa da "CNN", e de 12% na pesquisa divulgada hoje pela "NBC", que aponta uma vantagem de apenas quatro pontos percentuais de Hillary sobre Trump.

Johnson obteria, de acordo com as projeções do "Post", 16% no Colorado, 13% no Arizona e incríveis 25% no Novo México. Sua configuração como terceira via poderia ser desastrosa para as aspirações de Trump ao diminuir os votos republicanos no pleito.

Já o Partido Verde, de Jill Stein, se mantém a margem da disputa. A única exceção é em Vermont, estado natal do senador Bernie Sanders, que representou a ala mais progressista dos democratas nas primárias contra Hillary, em que Stein obtém 10% dos votos.

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