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Hillary pede que Kadafi pare com as ameaças e ajude na transição

A secretária de estado americana Hillary Clinton diz que Kadafi deveria parar com as ameaças e ajudar na transição da Líbia para a democracia

Muammar Kadafi: falastrão, o ditador líbio diz que vai levar a guerra à Europa (Joseph Eid/AFP)

Muammar Kadafi: falastrão, o ditador líbio diz que vai levar a guerra à Europa (Joseph Eid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2011 às 09h40.

Madri -- A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, assegurou neste sábado que, em vez de proferir ameaças, o líder líbio, Muammar Kadafi, deveria abandonar o poder e ajudar a facilitar "uma transição democrática".

Hilary fez essas declarações em entrevista coletiva conjunta em Madri com a ministra das Relações Exteriores espanhola, Trinidad Jiménez, após a reunião mantida pelas duas, com a qual iniciou a agenda de sua primeira visita oficial à Espanha.

O líder líbio assegurou nesta sexta-feira, em mensagem transmitida pela televisão líbia, que "o grande povo líbio será capaz um dia de levar a guerra ao Mar Mediterrâneo e à Europa".

"Em lugar de fazer ameaças, Kadafi deveria preocupar-se primeiro com o bem-estar de seu povo e abandonar o poder e ajudar a facilitar uma transição democrática que cumpra com a esperança do povo líbio", disse a chefe da diplomacia americana.

A secretária de Estado americana assegurou que o apoio da África à operação na Líbia é "firme", apesar de poder haver "algum desacordo por parte de alguns" líderes, depois que a União Africana (UA) decidiu não executar a ordem de detenção ditada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Kadafi.

"A apresentação perante o Tribunal estava incluída na Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que obteve votos positivos dos três membros africanos do conselho, Nigéria, Gabão e África do Sul", disse Hillary, que também se reunirá com o chefe do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, e com o rei Juan Carlos.

Já a chanceler espanhola assegurou que a resposta da Espanha e da coalizão internacional é manter "a pressão militar e a pressão política" e seguir trabalhando "para proteger os cidadãos líbios da ameaça e da violência militar que empregou e está empregando Kadafi contra eles".

Na mensagem, dirigindo-se aos líderes dos países que participam da operação militar na Líbia, Kadafi assegurou: "Vossas casas, famílias e escritórios se transformarão em alvos militares legítimos, como vós fizestes com nossos escritórios, sedes, casas e crianças".

"Olho por olho, dente por dente, criança por criança, família por família, casa por casa e sede por sede", ameaçou Kadafi, que resiste aos ataques da Otan e dos rebeldes em seu reduto de Trípoli.

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