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Hillary defende ação global contra alta dos preços de alimentos

Ela disse que a comunidade mundial precisaria aprofundar o seu compromisso com a agricultura sustentável e a segurança alimentar

Hillary reafirmou o comprometimento dos Estados Unidos com a campanha militar (Saul Loeb/Reuters)

Hillary reafirmou o comprometimento dos Estados Unidos com a campanha militar (Saul Loeb/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 20h45.

Roma - O mundo tem de agir rapidamente para deter a alta dos preços dos alimentos e reafirmar seu compromisso com a agricultura sustentável, disse a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, na sexta-feira.

"Devemos agir agora, de forma eficaz e cooperativa, para diminuir o efeito negativo do aumento dos preços dos alimentos", disse ela em um discurso para órgão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em Roma A alta dos preços dos alimentos tornou-se uma questão delicada em todo o mundo, depois de inspirar os protestos que derrubaram os governos da Tunísia e Egito no início deste ano, com a agitação se espalhando por todo o Norte da África e do Oriente Médio.

A FAO anunciou na quinta-feira que os preços mundiais de alimentos aumentaram ligeiramente em abril, impulsionados pela apreensão com a safra de grãos dos EUA, mas ainda estavam abaixo dos recordes alcançados em fevereiro.

O diretor geral da FAO, Jacques Diouf, disse à Reuters na terça-feira que uma tendência sutil de baixa mundial dos preços dos alimentos já tinha começado a ser revertida com preocupações quanto às safras da China e dos EUA.

Operadores dos mercados futuros afirmam que os fatores fundamentais do mercado do milho são sólidos, com a oferta limitada, além de atrasos no plantio de primavera no hemisfério norte.

"Os fundamentos nos grãos e oleaginosas não mudaram, o mercado está vigoroso para o milho a curto prazo", disse Adam Davis, corretor de grãos sênior da Merrick Capital, em Melbourne, que investe em commodities agrícolas.

Hillary disse que a comunidade mundial precisaria aprofundar o seu compromisso com a agricultura sustentável e a segurança alimentar, e afirmou que os Estados Unidos estavam trabalhando com as agências alimentares internacionais para fomentar políticas mais eficazes.

"Esta abordagem mais sólida inclui a melhoria e partilha de informações sobre a produção de alimentos e reservas, abstendo-se de proibições de exportação, não importa o quão atraentes elas possam parecer ser...", afirmou a secretária de Estado.

Desencorajar compras realizadas em meio ao pânico e e prestar assistência urgente quando necessária também são importantes, disse ela.

Ela disse que estava ciente de que alguns países --incluindo os Estados Unidos-- devem considerar tais políticas difíceis de adotar, dadas as limitações políticas e orçamentárias, mas ela disse que "precisamos fazer tudo o que podemos em conjunto, para encontrar as melhores formas para que os mercados trabalhem com mais eficiência e gerem resultados".

Ela acrescentou que a segurança alimentar era uma prioridade da política externa de Washington.

Não ficou claro, porém, se os Estados Unidos realmente adotarão essas medidas, dado o enorme déficit orçamentário dos país e da pressão para cortar gastos do governo, especialmente na ajuda externa.

Na reunião de cúpula de julho de 2009 do G8, em L'Aquila, Itália, Washington prometeu contribuir com 3,5 bilhões de dólares ao longo de três anos para a melhoria da segurança alimentar.

No entanto, não se sabe se o governo de Obama vai conseguir aprovação para usar esse valor do Congresso dos EUA.

Uma autoridade dos EUA disse que o governo pediu 1,8 bilhão de dólares para o seu programa "Alimente o Futuro", uma iniciativa contra a fome mundial e pela de segurança alimentar, no ano fiscal corrente, que termina em 30 de setembro, mas não sabia se iria conseguir esses recursos.

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