Mundo

Herdeira de gigante de bebidas é envolvida em escândalo de seita nos EUA

Clare Bronfman foi presa com outras três pessoas no caso que investiga o caso da seita Nxivm, acusada de tráfico sexual

Clare Bronfman: Herdeira da Seagram's, um grande conglomerado de bebidas alcoólicas foi presa por escândalo da seita Nxivm (Brendan McDermid/Reuters)

Clare Bronfman: Herdeira da Seagram's, um grande conglomerado de bebidas alcoólicas foi presa por escândalo da seita Nxivm (Brendan McDermid/Reuters)

E

EFE

Publicado em 30 de julho de 2018 às 12h11.

Nova York, 24 jul (EFE).- Herdeira da Seagram's, um grande conglomerado de bebidas alcoólicas, Clare Bronfman foi presa na semana passada junto com outras três pessoas dentro do caso que investiga o escândalo envolvendo a seita Nxivm, uma organização acusada de promover tráfico sexual dentro dos Estados Unidos.

A promotoria do distrito leste de Nova York indicou em comunicado que Bronfman e três mulheres - Kathy Russell, Lauren Salzman e Nancy Salzman - serão acusadas pelo crime de conspirar para extorquir.

Segundo o jornal "Times Union", Nancy Salzman era a presidente da Nxivm. Russell comandava a diretoria contábil, e Bronfman era responsável pelas operações da seita. Não se sabe qual era o papel de Lauren, filha de Nancy, dentro do grupo.

Bronfman já será ouvida em audiência hoje mesmo por um juiz no Tribunal Federal do Broklyn.

O caso também envolve a atriz Allison Mack, conhecida pelo papel como Chloe em no seriado "Smallville". Ela chegou a ser presa após ser acusada de recrutar mulheres para a Nxivm, mas foi libertada após pagar fiança.

O líder da seita, Keith Raniere, foi preso no dia 13 de abril, acusado formalmente pelos crimes de tráfico sexual, de conspirar para o tráfico sexual e de obrigar mulheres a realizar trabalhos forçados. Ele pode pegar até a prisão perpétua se condenado.

Segundo os promotores, a Nxivm tinha um programa secreto dentro da seita, que prometia empoderar as mulheres, mas elas acabavam se tornando escravas sexuais de Raniere.

O líder da seita as forçava a realizar tarefas domésticas e as marcava suas iniciais com fogo na região pélvica das mulheres. A cerimônia era gravada e usada como forma de intimidação.

Raniere também extorquia das mulheres informações comprometedoras sobre amigos e familiares, além de fotos delas nuas. Por isso, muitos tinham medo de deixar a Nxvim ou não obedecê-lo.

Os promotores calculam que Raniere tinha mais de 50 escravas sexuais e que muitas delas foram recrutadas através da Nxivm. O líder da seita ensinava as estudantes que era o "homem mais ético e astuto no mundo".

 

Acompanhe tudo sobre:abuso-sexualCrimeEstados Unidos (EUA)Mulheres

Mais de Mundo

Biden assina projeto de extensão orçamentária para evitar paralisação do governo

Com queda de Assad na Síria, Turquia e Israel redefinem jogo de poder no Oriente Médio

MH370: o que se sabe sobre avião desaparecido há 10 anos; Malásia decidiu retomar buscas

Papa celebrará Angelus online e não da janela do Palácio Apostólico por resfriado