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Hamas diz que milícias estão dispostas a cessar fogo se Israel corresponder

Grupo islamita manteve pela tarde uma série de reuniões com representantes de diferentes grupos armados palestinos para analisar a recente tensão na Faixa de Gaza

Nos últimos dias se intensificaram os disparos de foguetes da Faixa de Gaza contra povoações divisórias em Israel (Shlomit Wolf/Stock.xchng)

Nos últimos dias se intensificaram os disparos de foguetes da Faixa de Gaza contra povoações divisórias em Israel (Shlomit Wolf/Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2011 às 17h37.

Gaza - O movimento islamita palestino Hamas anunciou neste sábado que a maior parte das facções armadas palestinas em Gaza está disposta a interromper os ataques com foguetes contra Israel, se esse país corresponder ao cessar-fogo.

O grupo islamita manteve pela tarde uma série de reuniões com representantes de diferentes grupos armados palestinos para analisar a recente tensão na Faixa de Gaza.

Ao término das entrevistas, o porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza, Fawzi Barhum, manifestou em entrevista coletiva que seu grupo e as facções palestinas "estão comprometidas a manter a calma enquanto Israel se comprometer a isso".

As organizações palestinas reunidas nesta tarde de sábado condenaram as últimas ações militares israelenses na faixa e exigiram ao Estado judeu que acabe com elas a fim de restaurar a calma na fronteira de Gaza e Israel.

Nos últimos dias se intensificaram os disparos de foguetes da Faixa de Gaza contra povoações divisórias em Israel, que foram respondidos com bombardeios da aviação israelense que deixaram pelo menos oito palestinos mortos: cinco civis - entre eles dois menores - e três milicianos da Jihad Islâmica.

Desde início de 2009 Hamas e Israel respeitavam um acordo tácito de cessar-fogo e que pôs fim à ofensiva militar israelense na faixa, de dezembro de 2008 e janeiro de 2009, que deixou 1,4 mil palestinos mortos, em sua maioria civis, e numerosos danos materiais.

As duas partes cumpriam nos últimos dois anos o acordo, mas nos últimos dias parecia quebrá-lo pelo lançamento de projéteis por parte de grupos armados menores como a Jihad Islâmica e os Comitês Populares da Resistência, assim como por parte do Exército israelense.

Os lançamentos de foguetes contra território israelense, ao que uniu-se na quarta-feira passada a um atentado com bomba em Jerusalém no qual morreu uma mulher e deixou 30 feridos - e não foi reivindicado por nenhuma facção -, levou membros do Governo de Israel a pedir uma nova incursão militar de envergadura contra a Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, manifestou na sexta-feira que seu país está preparado para responder com " dureza" os ataques das milícias palestinas contra civis israelenses.

 

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