Haiti se prepara para posse de presidente
O cantor Michel Martelly assume neste sábado como 56º presidente do Haiti, o país mais pobre das Américas e que precisa ser reconstruído desde o terremoto de 2010
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2011 às 12h51.
Porto Príncipe - O cantor Michel Martelly, consagrado nos bairros pobres de Porto Príncipe e novato na política, preparava-se para se tornar neste sábado o 56º presidente do Haiti, o país mais pobre das Américas, e que precisa ser totalmente reconstruído desde o terremoto que o devastou em janeiro de 2010.
A cerimônia da posse começará às 8h00 (10h00 de Brasília) em uma casa de madeira construída no centro da capital para receber os senadores e deputados reunidos na Assembleia Nacional, uma vez que o Parlamento foi destruído pela tragédia que matou cerca de 250.000 pessoas.
Aos olhos do ex-presidente americano Bill Clinton e do primeiro ministro francês, Alain Juppé, o atual presidnete do Haiti, René Preval, deverá entregar ao sucessor, conhecido por 'Sweet Micky" (adorável Micky), a faixa nas cores azul e vermelha da bandeira haitiana.
Martelly pronunciará seu primeiro discurso como presidente perante delegações convidadas. Além de Clinton e Juppé, espera-se ainda a presença de uma dúzia de chefes de estado, entre eles o presidente Leonel Fernández, da vizinha República Dominicana.
Michel Martelly convidou também os ex-presidentes do Haiti que este ano voltaram do exílio: Jean-Bertrand Aristide e Jean-Claude Duvalier, mais ainda não foi confirmado se eles irão à posse.
"Seja bem-vindo, presidente Martelly", escreveram seus simpatizantes nos muros da cidade de Porto Príncipe. Para o evento, centenas de voluntários limparam as ruas da capital.
Um grupo se prontificou para tirar o lixo da cidade e restaurar locais até então ocultos debaixo de toneladas de escombros após o terremoto do ano passado.
Martelly, de 50 anos, dinâmico, ousado e conhecido na mídia, conquistou uma grande popularidade durante a campanha eleitoral, na qual prometeu drásticas mudanças no país. Agora, ele sucederá Preval, político de direita, ex-primeiro-ministro e duas vezes presidente do país.
"Pela primeira vez na história do Haiti um presidente democraticamente eleito passará a faixa para outro presidente da oposição democraticamente eleito", salientou Edmond Mulet, chefe de uma missão da ONU no Haiti (Minustah), desencadeada desde 2004.
"Uma das principais e imediatas tarefas do novo governo será ensinar os haitianos a novamente viverem juntos", analisou o escritor Jean-Claude Fignolé, prefeito de um povoado de pescadores no sudoeste do país, referindo-se à violência que segue em algumas regiões.
A posse de Martelly no sábado será o último capítulo da tumultuada história recente do Haiti. Depois de incertezas quanto ao resultado das eleições, no mês passado "Sweet Micky" - que enfrenta o desafio de contruir uma verdadeira unidade nacional - foi declarado presidente após vencer o segundo turno do pleito com 67% dos votos.
Porto Príncipe - O cantor Michel Martelly, consagrado nos bairros pobres de Porto Príncipe e novato na política, preparava-se para se tornar neste sábado o 56º presidente do Haiti, o país mais pobre das Américas, e que precisa ser totalmente reconstruído desde o terremoto que o devastou em janeiro de 2010.
A cerimônia da posse começará às 8h00 (10h00 de Brasília) em uma casa de madeira construída no centro da capital para receber os senadores e deputados reunidos na Assembleia Nacional, uma vez que o Parlamento foi destruído pela tragédia que matou cerca de 250.000 pessoas.
Aos olhos do ex-presidente americano Bill Clinton e do primeiro ministro francês, Alain Juppé, o atual presidnete do Haiti, René Preval, deverá entregar ao sucessor, conhecido por 'Sweet Micky" (adorável Micky), a faixa nas cores azul e vermelha da bandeira haitiana.
Martelly pronunciará seu primeiro discurso como presidente perante delegações convidadas. Além de Clinton e Juppé, espera-se ainda a presença de uma dúzia de chefes de estado, entre eles o presidente Leonel Fernández, da vizinha República Dominicana.
Michel Martelly convidou também os ex-presidentes do Haiti que este ano voltaram do exílio: Jean-Bertrand Aristide e Jean-Claude Duvalier, mais ainda não foi confirmado se eles irão à posse.
"Seja bem-vindo, presidente Martelly", escreveram seus simpatizantes nos muros da cidade de Porto Príncipe. Para o evento, centenas de voluntários limparam as ruas da capital.
Um grupo se prontificou para tirar o lixo da cidade e restaurar locais até então ocultos debaixo de toneladas de escombros após o terremoto do ano passado.
Martelly, de 50 anos, dinâmico, ousado e conhecido na mídia, conquistou uma grande popularidade durante a campanha eleitoral, na qual prometeu drásticas mudanças no país. Agora, ele sucederá Preval, político de direita, ex-primeiro-ministro e duas vezes presidente do país.
"Pela primeira vez na história do Haiti um presidente democraticamente eleito passará a faixa para outro presidente da oposição democraticamente eleito", salientou Edmond Mulet, chefe de uma missão da ONU no Haiti (Minustah), desencadeada desde 2004.
"Uma das principais e imediatas tarefas do novo governo será ensinar os haitianos a novamente viverem juntos", analisou o escritor Jean-Claude Fignolé, prefeito de um povoado de pescadores no sudoeste do país, referindo-se à violência que segue em algumas regiões.
A posse de Martelly no sábado será o último capítulo da tumultuada história recente do Haiti. Depois de incertezas quanto ao resultado das eleições, no mês passado "Sweet Micky" - que enfrenta o desafio de contruir uma verdadeira unidade nacional - foi declarado presidente após vencer o segundo turno do pleito com 67% dos votos.