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Paralisia não deve impedir ação na Síria, diz Hague

Segundo ministro britânico das Relações Exteriores, paralisia diplomática não deve impedir que se leve adiante uma ação internacional contra o regime sírio

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, em Londres nesta terça-feira (27) (Carl Court/AFP)

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, em Londres nesta terça-feira (27) (Carl Court/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 22h41.

Londres - A paralisia diplomática não deve impedir que se leve adiante uma ação internacional contra o regime sírio caso fique provado que utilizou armas químicas contra os rebeldes, afirma o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, em artigo publicado no jornal Daily Telegraph.

Hague repete assim a posição do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que estimou que qualquer ação deve servir para enviar uma mensagem ao mundo de que o uso de armas químicas jamais ficará impune.

"Não se trata apenas de um país ou de um conflito, não podemos nos permitir um relaxamento na proibição global do uso de armas químicas", adverte Hague.

Grã-Bretanha, França e Estados Unidos apontam o regime do presidente Bashar al-Assad como o responsável pelo ataque com armas químicas que matou centenas de civis na região de Damasco, na semana passada.

Hague destaca a "crescente normalização" do uso deste tipo de arma e pede ao Conselho de Segurança da ONU que "assuma suas responsabilidades condenando estes fatos e convocando uma resposta internacional sólida".

"Todas as tentativas prévias para conseguir que o Conselho de Segurança atue na Síria foram bloqueadas e não podemos permitir que a paralisia diplomática seja escudo para os que cometem estes crimes".

A Rússia, aliada da Síria e com poder de veto no Conselho de Segurança, já advertiu Washington e seus aliados contra qualquer ação militar no território sírio.

A falta de ação minaria "décadas de trabalho duro para se construir um regime internacional de normas e controles, supervisionado pela ONU, para prevenir o uso de armas químicas e destruir os arsenais", adverte Hague.

O ministro admite que qualquer ação "não estará isenta de risco", mas "o risco de não agir é maior".

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