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Guarda espanhola busca gravações na sede da polícia da Catalunha

O objetivo dos soldados é buscar as comunicações da região durante o dia do referendo independentista de 1º de outubro

Catalunha: a polícia catalã foi muito criticada pela suposta falta de atividade nessa ocasião (David Gonzalez/Reuters)

Catalunha: a polícia catalã foi muito criticada pela suposta falta de atividade nessa ocasião (David Gonzalez/Reuters)

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EFE

Publicado em 31 de outubro de 2017 às 09h01.

Barcelona - Membros da Guarda Civil da Espanha entraram nesta terça-feira na sede central e nas principais delegacias dos Mossos d'Esquadra, a polícia regional catalã, em várias cidades na busca das suas comunicações durante o dia do referendo independentista de 1º de outubro.

Segundo disseram à Agência Efe fontes policiais, os agentes buscam as gravações das comunicações internas dos agentes com o comando no dia dessa consulta que foi suspensa pelo Tribunal Constitucional e que o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) tinha ordenado que fosse impedida por esse corpo de segurança.

A polícia catalã foi muito criticada pela suposta falta de atividade nessa ocasião, o que finalmente obrigou que a Guarda Civil e a polícia espanhola tivessem que atuar para apreender urnas e cédulas.

A operação de hoje da Guarda Civil é realizada depois que seus agentes foram no último dia 20 de outubro ao Centro de Telecomunicações e Tecnologias da Informação do Executivo catalão com uma ordem judicial para obter os e-mails de um comando dos Mossos d'Esquadra em Lérida, relativos ao dispositivo para impedir o referendo.

Também no marco da investigação sobre o trabalho da polícia regional durante o referendo, a Guarda Civil esteve em 17 de outubro na sede central do serviço de emergências catalão em Reus para buscar as fitas de comunicações internas.

A Audiência Nacional, o TSJC e mais de 20 tribunais catalães investigam os Mossos d'Esquadra por suposta passividade durante o dia 1º de outubro.

O coronel da Guarda Civil, Diego Pérez de los Cobos, que coordenou a operação dessa jornada, acusa os Mossos d'Esquadra, em um relatório apresentado perante o TSJC, de "absoluta passividade" perante o referendo e de tentar "entorpecer" as intervenções da Polícia Nacional e a Guarda Civil para impedir a votação.

Em seu relatório, De los Cobos sustenta que o dispositivo que a polícia catalã montou para o referendo "mais que dar cumprimento ao mandato judicial, esteve orientado a manter a segurança cidadã como se fossem eleições legalmente convocadas".

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