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Guaidó promete abrir canal humanitário se Maduro bloquear ajuda

Caminhões com cargas para ajudar Venezuela em crise enfrentada há cinco anos sofrem bloqueio na fronteira com a Colômbia

Juan Guaidó: Presidente interino autodeclarado pede que Maduro libere passagem de ajuda humanitária (Carlos Barria/Reuters)
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EFE

Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 19h46.

Caracas - O chefe do Parlamento venezuelano , Juan Guaidó , que em janeiro se autoproclamou presidente interino do país, declarou nesta sexta-feira que se o governo de Nicolás Maduro se opuser à entrada de remédios e alimentos doados por outros países, uma rede de voluntários irá às fronteiras para abrir esse "canal humanitário".

"Se eles atreverem a continuar bloqueando caminhos, obstaculizando a vida dos venezuelanos, então todos os voluntários abrirão o canal humanitário", disse o líder opositor em ato político realizado na Universidade Central da Venezuela (UCV), em Caracas.

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Guaidó anunciou que neste sábado começará a "organização do mais nobre movimento", em alusão a uma rede de voluntários que reunirá pessoas que desejam trabalhar gratuitamente na distribuição de remédios e comida na Venezuela.

O líder do antichavismo explicou que este voluntariado se iniciará em cada uma das comunidades dos 335 municípios do país e será outra forma de protesto contra a "ditadura" de Maduro, que nega a existência de uma crise humanitária e diz que não permitirá a "humilhação" de aceitar doações.

"O chamado foi aberto, amplo, a todos os setores: Forças Armadas, inclusive o chavismo", disse Guaidó, que mais uma vez se colocou em defesa dos cerca de 300 mil venezuelanos que estão em risco de morte devido à deterioração do sistema de saúde e ao desabastecimento em geral.

De acordo com Guaidó, a manifestação marcada para a próxima terça-feira ocorrerá "em todos os cantos" da Venezuela para exigir a entrada de ajuda humanitária e voltar a exigir a cessação da usurpação que Maduro faz da Presidência.

Maduro foi reeleito em maio do ano passado em um pleito considerado fraudulento pela oposição, motivo pelo qual o Parlamento defende que Guaidó assuma as competências do Executivo até que sejam convocadas novas eleições, segundo a interpretação dos deputados sobre vários artigos da Constituição.

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