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Grupo de médicos holandeses rejeita eutanásia a doentes mentais

Médicos consideram que não se pode "ajudar a morrer" um paciente que já não pode confirmar sua declaração ou vontade

Eutanásia: os 220 médicos alegam que os pacientes são "seres humanos indefesos" (John Moore/Getty Images)
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EFE

Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 14h41.

Haia - Um grupo de 220 médicos holandeses publicou nesta sexta-feira um manifesto no qual sublinham sua "repulsa moral" à eutanásia para pessoas com doenças mentais avançadas pois são "seres humanos indefesos".

"Nossa repulsa moral para acabar com a vida de um ser humano indefeso é grande demais", asseguraram os signatários, muitos deles especializados em suicídio assistido.

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Estes médicos consideram que não se pode "ajudar a morrer" um paciente que já não pode confirmar sua declaração ou vontade de morrer e defendem a retomada do diálogo sobre a eutanásia em pessoas com doença mental severa, assim como regular as situações na qual aquela pode ser autorizada.

Os signatários pediram uma investigação em profundidade desses casos da eutanásia concedidos até agora para averiguar se foram manuseados com os cuidados necessários e de acordo com as regras.

Os médicos mostraram sua preocupação com "a inexistente fronteira" para determinar se uma pessoa está "morta em vida" ou há esperança de superar a doença.

O marco legal da eutanásia para pessoas de idade avançada com alguma demência foi modificado na Holanda em dezembro de 2015.

O Ministério da Saúde Pública holandês mudou as diretrizes, legalizando a eutanásia para pacientes que, apesar de não estar nesse momento no total uso de suas faculdades, assinaram anteriormente uma autorização pedindo o suicídio assistido em caso de doença mental.

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