Grupo Boko Haram ataca o Chade pela primeira vez
Os insurgentes atacaram depois de atravessar o lago a partir de Baga - palco de um massacre do Boko Haram no mês passado - em barcos
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 18h27.
Os islamitas do grupo Boko Haram, que tem sua base na Nigéria , realizaram nesta sexta-feira seu primeiro ataque no Chade, matando cinco pessoas na invasão de uma aldeia às margens do lago Chade, informou uma fonte de segurança.
O porta-voz do exército chadiano, Azem Bermandoa Agouna, também confirmou o ataque lançado antes do amanhecer em Ngouboua, uma aldeia separada da cidade nigeriana de Baga apenas pela água.
Os insurgentes atacaram depois de atravessar o lago a partir de Baga - palco de um massacre do Boko Haram no mês passado - em barcos.
"Eles começaram a atirar em tudo que se movia. Os militares responderam", disse o porta-voz à rádio nacional, acrescentando que os combatentes voltaram em seguida para a Nigéria perseguidos pelas tropas.
Uma fonte de segurança falando sob anonimato declarou à AFP que quatro civis, incluindo o chefe da aldeia, e um soldado foram mortos.
Já as autoridades informaram sobre a morte de um civil - o chefe da aldeia - e de um soldado, além de quatro soldados feridos, e contabilizaram dois mortos e cinco feridos nas fileiras do Boko Haram.
Aeronaves do Chade foram mobilizadas para ajudar a repelir a ofensiva, destruindo barcos dos agressores com ataques, informou uma fonte de segurança.
Dois terços de Ngouboua, que fica em uma península a cerca de 18 quilômetros da fronteira e que se tornou um santuário para milhares de nigerianos que fogem dos ataques dos militantes, foi incendiada no ataque, disse a fonte.
O Boko Haram intensificou os ataques desde que os vizinhos da Nigéria decidiram no mês passado reunir uma força de 7.500 homens de cinco países para enfrentar o grupo. O contingente mais tarde foi ampliado para 8.700.
No entanto, enquanto os insurgentes fizeram várias incursões no norte do Camarões e, mais recentemente, no sudeste do Níger, o Chade - o primeiro dos vizinhos da Nigéria a enviar tropas através da fronteira para combater o grupo - havia sido, até agora, poupado de ataques.
A notícia da invasão no Chade coincidiu com relatos de novos ataques por parte dos insurgentes dentro da Nigéria, onde as eleições gerais, marcadas inicialmente para sábado, foram adiadas por seis semanas, para 28 de março, devido à violência.
Ao menos 21 pessoas morreram em dois ataques separados na quinta-feira contra aldeias do nordeste da Nigéria próximas à grande cidade de Maiduguri, informaram um líder comunitário e uma testemunha.
"Eles (Boko Haram) mataram 12 pessoas na aldeia de Akida e outras nove na aldeia de Mbuta durante uma invasão", disse o líder comunitário Mustapha Abbagini.
Uma testemunha do ataque em Mbuta informou o mesmo número de mortos.
Os insurgentes primeiro atacaram Akida, a cerca de 25 quilômetros de Maiduguri, enquanto os moradores dormiam. Depois de incendiar casas e lojas, foram embora e invadiram Mbuta, disse Abbagini.
O morador de Mbuta Hamidu Bukar declarou que os atacantes acusaram os moradores locais de "espionar para as autoridades militares".
Também na quinta-feira, uma suicida detonou os explosivos que carregava em um mercado lotado na cidade de Biu, no sul do estado de Borno, do qual Maiduguri é a capital. A população da cidade aumentou para cerca de dois milhões devido às pessoas que fogem em busca de segurança.
Um vigia civil que ajudava o exército nigeriano na contrainsurgência e uma fonte no hospital da cidade disseram que o número de mortos subiu de sete para 11 após a explosão.
"Outras quatro pessoas, todas adultas, morreram no hospital de Biu enquanto recebiam tratamento", disse o vigia Abor Kabiru. Uma fonte do hospital confirmou que 11 corpos foram identificados.
O número de mortos deve aumentar ainda mais, enquanto as autoridades de saúde trabalham para identificar ao menos outras duas pessoas mortas na explosão.
O Boko Haram, que já controla vastas áreas do nordeste da Nigéria, ampliou sua sangrenta insurgência - que já dura seis anos - nos últimos meses.
O conflito matou mais de 13.000 desde 2009 e se converte em uma crescente ameaça regional.
Os islamitas do grupo Boko Haram, que tem sua base na Nigéria , realizaram nesta sexta-feira seu primeiro ataque no Chade, matando cinco pessoas na invasão de uma aldeia às margens do lago Chade, informou uma fonte de segurança.
O porta-voz do exército chadiano, Azem Bermandoa Agouna, também confirmou o ataque lançado antes do amanhecer em Ngouboua, uma aldeia separada da cidade nigeriana de Baga apenas pela água.
Os insurgentes atacaram depois de atravessar o lago a partir de Baga - palco de um massacre do Boko Haram no mês passado - em barcos.
"Eles começaram a atirar em tudo que se movia. Os militares responderam", disse o porta-voz à rádio nacional, acrescentando que os combatentes voltaram em seguida para a Nigéria perseguidos pelas tropas.
Uma fonte de segurança falando sob anonimato declarou à AFP que quatro civis, incluindo o chefe da aldeia, e um soldado foram mortos.
Já as autoridades informaram sobre a morte de um civil - o chefe da aldeia - e de um soldado, além de quatro soldados feridos, e contabilizaram dois mortos e cinco feridos nas fileiras do Boko Haram.
Aeronaves do Chade foram mobilizadas para ajudar a repelir a ofensiva, destruindo barcos dos agressores com ataques, informou uma fonte de segurança.
Dois terços de Ngouboua, que fica em uma península a cerca de 18 quilômetros da fronteira e que se tornou um santuário para milhares de nigerianos que fogem dos ataques dos militantes, foi incendiada no ataque, disse a fonte.
O Boko Haram intensificou os ataques desde que os vizinhos da Nigéria decidiram no mês passado reunir uma força de 7.500 homens de cinco países para enfrentar o grupo. O contingente mais tarde foi ampliado para 8.700.
No entanto, enquanto os insurgentes fizeram várias incursões no norte do Camarões e, mais recentemente, no sudeste do Níger, o Chade - o primeiro dos vizinhos da Nigéria a enviar tropas através da fronteira para combater o grupo - havia sido, até agora, poupado de ataques.
A notícia da invasão no Chade coincidiu com relatos de novos ataques por parte dos insurgentes dentro da Nigéria, onde as eleições gerais, marcadas inicialmente para sábado, foram adiadas por seis semanas, para 28 de março, devido à violência.
Ao menos 21 pessoas morreram em dois ataques separados na quinta-feira contra aldeias do nordeste da Nigéria próximas à grande cidade de Maiduguri, informaram um líder comunitário e uma testemunha.
"Eles (Boko Haram) mataram 12 pessoas na aldeia de Akida e outras nove na aldeia de Mbuta durante uma invasão", disse o líder comunitário Mustapha Abbagini.
Uma testemunha do ataque em Mbuta informou o mesmo número de mortos.
Os insurgentes primeiro atacaram Akida, a cerca de 25 quilômetros de Maiduguri, enquanto os moradores dormiam. Depois de incendiar casas e lojas, foram embora e invadiram Mbuta, disse Abbagini.
O morador de Mbuta Hamidu Bukar declarou que os atacantes acusaram os moradores locais de "espionar para as autoridades militares".
Também na quinta-feira, uma suicida detonou os explosivos que carregava em um mercado lotado na cidade de Biu, no sul do estado de Borno, do qual Maiduguri é a capital. A população da cidade aumentou para cerca de dois milhões devido às pessoas que fogem em busca de segurança.
Um vigia civil que ajudava o exército nigeriano na contrainsurgência e uma fonte no hospital da cidade disseram que o número de mortos subiu de sete para 11 após a explosão.
"Outras quatro pessoas, todas adultas, morreram no hospital de Biu enquanto recebiam tratamento", disse o vigia Abor Kabiru. Uma fonte do hospital confirmou que 11 corpos foram identificados.
O número de mortos deve aumentar ainda mais, enquanto as autoridades de saúde trabalham para identificar ao menos outras duas pessoas mortas na explosão.
O Boko Haram, que já controla vastas áreas do nordeste da Nigéria, ampliou sua sangrenta insurgência - que já dura seis anos - nos últimos meses.
O conflito matou mais de 13.000 desde 2009 e se converte em uma crescente ameaça regional.