Grécia faz lista de reformas para entregar a parceiros da UE
Reformas prometidas pelo governo grego se concentrarão no âmbito fiscal e laboral, nas privatizações e na Seguridade Social
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2015 às 11h14.
Atenas - O governo grego mantém reuniões para confeccionar a lista de reformas que o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, se comprometeu a entregar nos próximos dias aos parceiros europeus para tentar alcançar um novo acordo que permita ao país receber os fundos pendentes do resgate.
A imprensa local afirmou que esta novo lista poderia estar pronta nos próximos dez dias, embora os líderes não acordaram uma data exata para a apresentação, enquanto especula-se a possível realização de uma reunião do Eurogrupo no final da próxima semana, se Atenas conseguir apresentar as medidas a tempo.
Os preparativos começaram ontem com uma reunião entre o vice-primeiro-ministro, Yanis Dragasakis, e os ministros de Finanças e Economia, Yanis Varoufakis e Yorgos Stathakis.
Fontes governamentais asseguraram após o encontro que o governo "apresentará detalhes" aos parceiros "o mais rápido possível" e recalcaram que o programa e as reformas "serão de propriedade grega".
Estas reformas, que o governo avançou que serão baseadas nas que Varoufakis entregou às pessoas que fazem empréstimos europeus para conseguir o acordo de 20 de fevereiro, se centrarão no âmbito fiscal e laboral, nas privatizações e na Seguridade Social.
Os meios de comunicação apontam que os principais desencontros entre Atenas e Bruxelas estão na reforma da previdência, que o governo se comprometeu a não baixar, e a posição firme da parte grega de não implementar as medidas às quais se comprometeu o anterior Executivo.
Segundo a imprensa, a postura dos parceiros é que as propostas até agora apresentadas por Atenas são ambíguas, produzirão seus efeitos a longo prazo e inclusive têm um custo financeiro.
Tsipras reiterou após a reunião que manteve na quinta-feira com seus colegas da Alemanha e França e os presidentes da Comissão Europeia (CE), do Banco Central Europeu (BCE), do Eurogrupo e do Conselho Europeu que a Grécia "não tem mais do que a obrigação de aplicar as medidas que provocam a recessão" e sustentou que seu governo apresentará e aplicará suas próprias reformas estruturais.
O acordo de há um mês entre Grécia e a zona do euro deixa claro que como primeiro passo para um desembolso deve haver uma avaliação e revisão das reformas por parte das instituições -a CE, o BCE e o Fundo Monetário Internacional-, e em um segundo passo se requer a autorização do Eurogrupo.
Essa situação afeta tanto o desembolso do lance pendente de 1,8 bilhão de euros que ficam no fundo de resgate da zona do euro, como a transferência de 1,9 bilhão de euros que a Grécia reivindica ao BCE procedentes do rendimento dos bônus gregos. EFE
Atenas - O governo grego mantém reuniões para confeccionar a lista de reformas que o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, se comprometeu a entregar nos próximos dias aos parceiros europeus para tentar alcançar um novo acordo que permita ao país receber os fundos pendentes do resgate.
A imprensa local afirmou que esta novo lista poderia estar pronta nos próximos dez dias, embora os líderes não acordaram uma data exata para a apresentação, enquanto especula-se a possível realização de uma reunião do Eurogrupo no final da próxima semana, se Atenas conseguir apresentar as medidas a tempo.
Os preparativos começaram ontem com uma reunião entre o vice-primeiro-ministro, Yanis Dragasakis, e os ministros de Finanças e Economia, Yanis Varoufakis e Yorgos Stathakis.
Fontes governamentais asseguraram após o encontro que o governo "apresentará detalhes" aos parceiros "o mais rápido possível" e recalcaram que o programa e as reformas "serão de propriedade grega".
Estas reformas, que o governo avançou que serão baseadas nas que Varoufakis entregou às pessoas que fazem empréstimos europeus para conseguir o acordo de 20 de fevereiro, se centrarão no âmbito fiscal e laboral, nas privatizações e na Seguridade Social.
Os meios de comunicação apontam que os principais desencontros entre Atenas e Bruxelas estão na reforma da previdência, que o governo se comprometeu a não baixar, e a posição firme da parte grega de não implementar as medidas às quais se comprometeu o anterior Executivo.
Segundo a imprensa, a postura dos parceiros é que as propostas até agora apresentadas por Atenas são ambíguas, produzirão seus efeitos a longo prazo e inclusive têm um custo financeiro.
Tsipras reiterou após a reunião que manteve na quinta-feira com seus colegas da Alemanha e França e os presidentes da Comissão Europeia (CE), do Banco Central Europeu (BCE), do Eurogrupo e do Conselho Europeu que a Grécia "não tem mais do que a obrigação de aplicar as medidas que provocam a recessão" e sustentou que seu governo apresentará e aplicará suas próprias reformas estruturais.
O acordo de há um mês entre Grécia e a zona do euro deixa claro que como primeiro passo para um desembolso deve haver uma avaliação e revisão das reformas por parte das instituições -a CE, o BCE e o Fundo Monetário Internacional-, e em um segundo passo se requer a autorização do Eurogrupo.
Essa situação afeta tanto o desembolso do lance pendente de 1,8 bilhão de euros que ficam no fundo de resgate da zona do euro, como a transferência de 1,9 bilhão de euros que a Grécia reivindica ao BCE procedentes do rendimento dos bônus gregos. EFE