Na opinião da entidade, governo deveria reduzir mais encargos de forma transitória para garantir desconto prometido (Prakash Singh/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 21h56.
Rio de Janeiro - O governo federal não pode abrir mão do desconto de 20 por cento na conta de luz, afirmou nesta terça-feira em nota a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
A tarifa de energia cairá 16,7 por cento, na média, no ano que vem, diante da adesão parcial de empresas elétricas à renovação antecipada e condicionada de concessões do setor, ficando abaixo da redução prometida pela presidente Dilma Rousseff, de cerca de 20 por cento.
Para a entidade, o governo não deve reabrir negociações com as empresas que não aderiram à renovação, mas levar esses ativos a leilão no fim dos contratos para garantir a redução na tarifa prometida para todos.
"O governo federal deveria aumentar a redução de encargos de forma transitória, entre 2013 e 2015, para garantir o desconto de 20 por cento. A partir dos novos leilões, com a queda no preço da energia, a situação poderia ser reequilibrada", disse a Fiesp, em nota.
O revés ao plano do governo federal veio das estatais estaduais Cesp, de São Paulo, Cemig, de Minas Gerais, e Copel, do Paraná, que optaram por não prorrogar os contratos de suas hidrelétricas nos moldes propostos pela União, com redução em torno de 70 por cento da tarifa.