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Governo do Kuwait apresenta renúncia, diz jornal local

Segundo o Kuwait News, o Parlamento do país também foi dissolvido

Nas últimas semanas, o Kuwait foi cenário de protestos para pedir a renúncia do primeiro-ministro, Naser Mohamed al Ahmed al Sabah, acusado de corrupção
 (Yasser al-Zayyat/AFP)

Nas últimas semanas, o Kuwait foi cenário de protestos para pedir a renúncia do primeiro-ministro, Naser Mohamed al Ahmed al Sabah, acusado de corrupção (Yasser al-Zayyat/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 10h37.

Cairo - O governo do Kuwait apresentou nesta segunda-feira sua renúncia ao emir do país, o príncipe Sabah al Ahmed Al-Sabah, depois dos protestos das últimas semanas, informou o jornal 'Kuwait News' em seu site.

A publicação divulgou que o Executivo apresentou a renúncia após uma reunião nesta segunda do Conselho de Ministros, presidida pelo chefe de Estado, e acrescentou que o Parlamento foi dissolvido. Por enquanto, a agência de notícias oficial, 'Kuna', não confirmou esta informação.

Em declarações divulgadas pela agência, o chefe do Parlamento assegurou que não foi informado da dissolução da assembleia, nem da renúncia do governo, embora também não tenha desmentido a informação.

'Kuwait News' acrescentou que um dos deputados antecipou a expectativa de que o emir aceite a renúncia do Executivo nas próximas horas.

Nas últimas semanas, o Kuwait foi cenário de protestos para pedir a renúncia do primeiro-ministro, Naser Mohamed al Ahmed al Sabah, supostamente envolvido em um caso de corrupção.

A crise se aguçou no dia 17 de novembro, quando milhares de manifestantes entraram no Parlamento depois que a Polícia empregou a força para dissolver uma passeata que pedia a renúncia do chefe do Governo.

Em outubro, os protestos motivaram a renúncia do ministro de Relações Exteriores, Mohammed Salem Al-Sabah, ligado a uma suposta trama de corrupção na qual membros do Executivo teriam pago subornos a parlamentares para 'ganhar sua lealdade'.

As desavenças na Assembleia Parlamentar e as crises governamentais são uma constante neste rico reino petroleiro do Golfo, que conta com um dos Parlamentos mais democráticos da região. 

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