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Governo da França considera muito provável que alguns casos de mpox apareçam no país

Está previsto advertir todas as pessoas que viajam ou entram na França provenientes de regiões da África onde circula a epidemia nos voos de partida e chegada

Medical syringes and a bottle are seen with 'Monkeypox' sign and monkeypox illustrative model displayed on a screen in the background in this illustration photo taken in Krakow, Poland on May 26, 2022. (Photo by Jakub Porzycki/NurPhoto via Getty Images) (Divulgação/Divulgação)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 18 de agosto de 2024 às 16h03.

O ministro da Saúde da França, Frédéric Valletoux, considera que é muito provável que “casos esporádicos” de mpox apareçam em breve no país, tendo em conta a extensão da epidemia na África e a detecção de uma pessoa infectada na Suécia.

Em uma entrevista publicada neste domingo pelo jornal dominical "La Tribune", Valletoux especificou que até agora nada foi descoberto em território francês e que quando há alguma suspeita é feita uma análise das sequências genéticas.

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Mas admitiu que “há grandes possibilidades de casos esporádicos” da nova variante “aparecerem, e sem dúvida em breve”.

Sua previsão está alinhada com a do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), que em uma avaliação de risco atualizada na sexta-feira já advertia que é "muito provável" que haja mais casos importados de mpox (doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos), embora tenha descartado que o contágio possa continuar se medidas forem tomadas rapidamente.

Nesse mesmo dia, o primeiro-ministro francês em exercício, Gabriel Attal, anunciou que o sistema de saúde estava entrando em um estado de “vigilância máxima” devido ao risco de potenciais casos da nova variante da mpox (anteriormente denominada varíola dos macacos).

Isto traduz-se em “novas medidas de informação e recomendações” para viajantes provenientes de zonas de risco, mas também em instruções às agências regionais de saúde para que o pessoal sanitário e diferentes organizações que cuidam de pessoas em risco sejam informados sobre esta nova variante da mpox.

Em relação à vacinação, o ministro explicou que nos últimos três anos “cerca de 150 mil pessoas” foram imunizadas na França após a onda epidêmica de 2022, e admite que “é muito cedo” para saber com certeza o nível de eficácia da nova variante.

Ele assegurou que as reservas de vacinas são “robustas” e “permitem uma resposta adaptada. Temos mais do que em 2022 e podemos encomendar rapidamente, se necessário”.

Velletoux afirmou que a vacinação continuará, mas voltada “ao público mais exposto”.

Está previsto advertir todas as pessoas que viajam ou entram na França provenientes de regiões da África onde circula a epidemia nos voos de partida e chegada.

O titular da pasta de Saúde quis deixar claro que se trata de uma epidemia em que o tipo de propagação “não tem nada a ver com o da covid”, pelo que “a população deve ser tranquilizada deste ponto de vista”.

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