Governo da Colômbia pede que Farc "agilizem" diálogo de paz
Ambas as partes citaram aproximações no importante tema agrário, o primeiro dos cinco pontos que fazem parte das negociações iniciadas em novembro em Havana
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2013 às 23h26.
Havana - O governo da Colômbia e a guerrilha Farc reconheceram "avanços" no fim da oitava rodada do diálogo de paz nesta sexta-feira, embora a delegação do presidente Juan Manuel Santos tenha exigido agilidade para se chegar a acordos que permitam encerrar décadas de conflito armado.
Ambas as partes citaram aproximações no importante tema agrário, o primeiro de uma agenda de cinco pontos que faz parte das negociações iniciadas em novembro em Havana, Cuba, mas diminuíram as expectativas para acordos imediatos.
"Há uma sensação dupla ao avaliar essa fase das conversações. Por um lado, há avanços particularmente no tema de política social, mas também tenho o dever de informar à opinião pública que, a nosso ver, o ritmo das negociações tem sido insuficiente, inconstante", disse o ex-vice-presidente colombiano Humberto de La Calle, negociador-chefe do governo.
"Acreditamos que é preciso agilizar... entregamos hoje um balanço relativamente satisfatório nos avanços sociais, mas poderíamos ter avançado muito mais", acrescentou a jornalistas ao concluir o ciclo de diálogo, enfatizando que não basta apenas o "desejo de seguir em frente".
As negociações foram focadas em torno da demanda das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) de uma reforma agrária e do controle dos investimentos estrangeiros na Colômbia, um dos países mais abertos ao capital na região.
O próprio presidente Santos pediu nesta sexta-feira rápidos avanços na negociação, a mais recente tentativa de pôr fim a um conflito de quase cinco décadas que provocou a morte de mais de 100 mil pessoas e que impede um maior crescimento da quarta economia da América Latina.
O mandatário, um economista de 61 anos, reiterou que seu governo não dará nenhuma trégua ao grupo guerrilheiro, considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e a União Europeia e acusado de obter milionárias receitas do narcotráfico.
"Aqui não haverá nenhuma trégua, não haverá nenhuma concessão até que cheguemos a alguns acordos lá em Cuba", garantiu Santos.
O grupo guerrilheiro disse mais cedo que está "satisfeito" com os avanços alcançados até agora e não citou o ritmo das negociações, um ponto de desencontro entre as partes nos mais de cinco meses de diálogo.
"Avançou. Estamos avançando. A delegação de paz das Farc se sente satisfeita com as conquistas que estamos materializando", disse a jornalistas o negociador-chefe da guerrilha colombiana, Iván Márquez.
O grupo rebelde pediu "paciência" para resolver o conflito interno mais prolongado do hemisfério, enquanto que o governo pressiona com o argumento de que não tem todo o tempo do mundo.
As partes emitiram um comunicado conjunto no qual marcaram para 15 de maio a retomada das negociações de paz.
Havana - O governo da Colômbia e a guerrilha Farc reconheceram "avanços" no fim da oitava rodada do diálogo de paz nesta sexta-feira, embora a delegação do presidente Juan Manuel Santos tenha exigido agilidade para se chegar a acordos que permitam encerrar décadas de conflito armado.
Ambas as partes citaram aproximações no importante tema agrário, o primeiro de uma agenda de cinco pontos que faz parte das negociações iniciadas em novembro em Havana, Cuba, mas diminuíram as expectativas para acordos imediatos.
"Há uma sensação dupla ao avaliar essa fase das conversações. Por um lado, há avanços particularmente no tema de política social, mas também tenho o dever de informar à opinião pública que, a nosso ver, o ritmo das negociações tem sido insuficiente, inconstante", disse o ex-vice-presidente colombiano Humberto de La Calle, negociador-chefe do governo.
"Acreditamos que é preciso agilizar... entregamos hoje um balanço relativamente satisfatório nos avanços sociais, mas poderíamos ter avançado muito mais", acrescentou a jornalistas ao concluir o ciclo de diálogo, enfatizando que não basta apenas o "desejo de seguir em frente".
As negociações foram focadas em torno da demanda das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) de uma reforma agrária e do controle dos investimentos estrangeiros na Colômbia, um dos países mais abertos ao capital na região.
O próprio presidente Santos pediu nesta sexta-feira rápidos avanços na negociação, a mais recente tentativa de pôr fim a um conflito de quase cinco décadas que provocou a morte de mais de 100 mil pessoas e que impede um maior crescimento da quarta economia da América Latina.
O mandatário, um economista de 61 anos, reiterou que seu governo não dará nenhuma trégua ao grupo guerrilheiro, considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e a União Europeia e acusado de obter milionárias receitas do narcotráfico.
"Aqui não haverá nenhuma trégua, não haverá nenhuma concessão até que cheguemos a alguns acordos lá em Cuba", garantiu Santos.
O grupo guerrilheiro disse mais cedo que está "satisfeito" com os avanços alcançados até agora e não citou o ritmo das negociações, um ponto de desencontro entre as partes nos mais de cinco meses de diálogo.
"Avançou. Estamos avançando. A delegação de paz das Farc se sente satisfeita com as conquistas que estamos materializando", disse a jornalistas o negociador-chefe da guerrilha colombiana, Iván Márquez.
O grupo rebelde pediu "paciência" para resolver o conflito interno mais prolongado do hemisfério, enquanto que o governo pressiona com o argumento de que não tem todo o tempo do mundo.
As partes emitiram um comunicado conjunto no qual marcaram para 15 de maio a retomada das negociações de paz.