Governo americano aumenta de US$ 15 milhões para US$ 25 milhões recompensa pela captura de Maduro
Os EUA também aplicaram sanções contra autoridades do regime venezuelano e de empresas estatais como a Petróleos de Venezuela
Agência de Notícias
Publicado em 10 de janeiro de 2025 às 15h09.
Última atualização em 10 de janeiro de 2025 às 15h42.
Os Estados Unidos aumentaram a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro , presidente da Venezuela para o período 2025-2031. O anúncio, feito nesta sexta-feira 10, integra uma nova rodada de sanções do governo de Joe Biden, que será sucedido por Donald Trump no próximo dia 20.
Além da recompensa por Maduro, os EUA oferecem:
- US$ 25 milhões pela captura do ministro do Interior, Diosdado Cabello;
- US$ 15 milhões pela prisão do ministro da Defesa, Vladimir Padrino.
As medidas visam pressionar o governo venezuelano, que é acusado pela oposição de promover um “golpe de Estado” ao ignorar a vitória de Edmundo González nas eleições presidenciais de julho de 2024.
Sanções contra autoridades e empresas
O Departamento do Tesouro americano impôs sanções econômicas a oito autoridades venezuelanas, incluindo:
- Héctor Obregón Pérez, presidente da estatal PDVSA;
- Ramón Celestino Velásquez, ministro dos Transportes.
Essas medidas pretendem limitar as receitas do governo de Maduro, com o embargo de ativos venezuelanos no exterior sendo avaliado caso a caso.
Status de proteção para venezuelanos nos EUA
Apesar das sanções, o governo Biden estendeu por 18 meses o status de proteção temporária (TPS), permitindo que milhares de venezuelanos continuem residindo e trabalhando nos EUA.
Outro ponto destacado é que empresas estrangeiras, como a Chevron, continuarão autorizadas a operar na Venezuela, garantindo a extração de petróleo.
Resposta americana e oposição venezuelana
Um funcionário do governo americano justificou as sanções como resposta à “falsa posse presidencial” de Maduro, alegando provas de que González foi o vencedor legítimo das eleições. A oposição apresentou atas de votação detalhadas que contestam os resultados divulgados pelo órgão eleitoral venezuelano.
“Edmundo González deveria ser empossado hoje como presidente da Venezuela”, afirmou a fonte americana em coletiva por teleconferência.