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Governador de Indiana recua em lei sobre discriminação

O governador do estado americano voltou atrás ao pedir nova avaliação sobre mudanças na lei de liberdade religiosa, que permitiria discriminação de gays


	Gays: a possibilidade de a lei permitir negar a prestar serviços a clientes e consumidores homossexuais tinha gerado críticas
 (GettyImages)

Gays: a possibilidade de a lei permitir negar a prestar serviços a clientes e consumidores homossexuais tinha gerado críticas (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2015 às 20h49.

Washington - O governador do estado americano de Indiana, o republicano Mike Pence, voltou atrás nesta terça-feira ao pedir uma nova avaliação do Legislativo sobre as mudanças na lei de liberdade religiosa, criticada por vários grupos no país por permitir a discriminação de homossexuais.

Pence afirmou hoje em entrevista coletiva que a lei, sancionada por ele na semana passada, foi criticada injustamente e apresentada de forma equivocada pelos meios de comunicação, indicando que o projeto não ampara atos de discriminação.

"Após muita reflexão e consultas com os líderes da assembleia, conclui que seria adequado propor uma mudança que deixe claro que esta lei (a de liberdade religiosa) não permite que as empresas neguem serviços a ninguém" afirmou o governador.

A possibilidade de a lei permitir negar a prestar serviços a clientes e consumidores homossexuais tinha gerado críticas entre os empresários de Indiana, por seu temor de que o projeto afetaria a atração de investimentos.

A Casa Branca voltou a afirmar hoje que a nova lei de liberdade religiosa aprovada em Indiana é discriminatória, vai contra os interesses dos empresários, sendo criticada por republicanos e democratas.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, acusou Pence de ter "tentado falsamente" comparar a lei de seu estado com outra aprovada em nível federal em 1993, que garantia certas possibilidades de objeção a minorias religiosas, mas só nas relações com o governo.

Na opinião da Casa Branca, a lei de Indiana é muito mais ampla "ao ser aplicável a indivíduos e não minorias religiosas", também em interações no setor privado. "É mais aberta e poderia ser usada em uma tentativa para justificar a discriminação contra alguém".

"Por isso, vimos tal clamor em ambos os partidos contra essa legislação", acrescentou o porta-voz, que destacou a oposição dos empresários do estado e de grupos religiosos.

O executivo-chefe da Apple, Tim Cook, criticou abertamente a lei de Indiana, assim como outras similares que estão tramitando em vários estados com governadores conservadores.

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