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Gerardo Werthein assume cargo de ministro das Relações Exteriores da Argentina

O então embaixador nos EUA substitui Diana Mondino, demitida após votar na ONU pela derrubada do embargo americano a Cuba

Fotografia cedida pela presidência argentina do presidente Javier Milei, juntamente com o novo ministro das Relações Exteriores, Gerardo Werthein, durante cerimônia de posse no salão Blanco da Casa Rosada (Presidencia De Argentina/EFE)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 5 de novembro de 2024 às 07h46.

O presidente da Argentina, Javier Milei, empossou Gerardo Werthein como novo ministro das Relações Exteriores nesta segunda-feira, 4, após a crise provocada por um voto da delegação do país na ONU a favor de Cuba, o que levou à saída do governo da então chanceler, Diana Mondino.

Milei efetivou a nomeação do novo ministro de Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto em uma cerimônia na Casa Rosada, sede do governo argentino.

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Judeu, Werthein jurou fidelidade ao cargo sobre a Torá (compilação dos cinco primeiros livros da Bíblia hebraica), fato que foi destacado pelo presidente argentino.

Milei desejou ao seu novo chanceler “sucesso e bênçãos” na breve cerimônia.

Werthein, veterinário de profissão e empresário proeminente, presidente do Comitê Olímpico Argentino entre 2009 e 2021 e membro do Comitê Olímpico Internacional, é um homem próximo a Milei e, desde maio, era embaixador nos Estados Unidos.

Milei decidiu na última quarta-feira nomeá-lo para substituir Diana Mondino depois que, no mesmo dia, a Argentina votou na Assembleia Geral da ONU, junto com outros 186 Estados, a favor de uma resolução não vinculante contra as sanções dos Estados Unidos a Cuba, que estão em vigor há 62 anos e causaram um duro golpe na economia da ilha.

“Isso não apenas custou o emprego de Mondino, mas estamos fazendo um trabalho em que todos os responsáveis por isso serão resumidos e demitidos”, disse Milei nesta segunda-feira em uma entrevista a sua namorada, Amalia ‘Yuyito’ González, apresentadora do canal "Ciudad Magazine".

Os Estados Unidos e Israel foram os dois únicos países a rejeitar a resolução da ONU.

O voto da Argentina não foi uma mudança em relação à forma como o país sul-americano havia expressado sua posição sobre a mesma resolução em assembleias anteriores.

Mas Milei, que assumiu a presidência argentina em dezembro de 2023, destacou Estados Unidos e Israel como grandes aliados de seu governo na política internacional e expressou repetidamente sua rejeição enfática a governos de esquerda.

Depois de decidir sobre a saída de Mondino, o governo divulgou um comunicado no qual reiterou que a Argentina “se opõe categoricamente à ditadura cubana” e também advertiu que iniciaria uma “auditoria da equipe de carreira do Ministério das Relações Exteriores, com o objetivo de identificar promotores de agendas antiliberdade”, o que gerou forte desconforto no corpo diplomático argentino.

Na entrevista desta segunda-feira, Milei reafirmou que ele “define” a política externa da Argentina e demitirá “todas as pessoas envolvidas” na votação a favor de Cuba.

“Eles são traidores da pátria. Estamos estudando o formato legal para expulsá-los e fazê-los pagar”, afirmou.

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