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Gazprom confirma aumento do preço do gás para Ucrânia

Gazprom anunciou uma alta adicional do preço do gás para Ucrânia, que a partir de agora pagará US$ 485,5 por cada mil metros cúbicos

Logo da Gazprom: a empresa já havia anunciado um aumento da tarifa de mais de 40% (até US$ 385) ao país vizinho (Alexander Demianchuk/Files/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 10h30.

Moscou - O consórcio gasístico russo Gazprom anunciou nesta quinta-feira uma alta adicional do preço do gás para Ucrânia , que a partir de agora pagará US$ 485,5 por cada mil metros cúbicos.

Nesta semana, por causa da suposta falta de pagamento, a Gazprom já havia anunciado um aumento da tarifa de mais de 40% (até US$ 385) ao país vizinho a partir do segundo trimestre deste ano.

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, explicou que a alta de US$ 100 coincide com a tarifa de exportação do gás russo à Ucrânia, que até agora era descontado em virtude dos acordos assinados em 2010 na cidade ucraniana de Kharkiv.

"Em virtude desses documentos se estabeleceu uma tarifa alfandegária do 0%. Mas, a situação mudou. A Duma (Câmara dos Deputados) denunciou os correspondentes acordos internacionais", disse Medvedev ao se reunir com o presidente da Gazprom, Alexei Miller.

Os acordos denunciados pelo governo russo também estabeleciam os termos de arrendamento para a Frota russa do Mar Negro no porto ucraniano de Sebastopol, na Crimeia, que passou a fazer parte da Federação Russa no último dia 21 de março.

"Que nossos parceiros ucranianos busquem os fundos necessários para saldar as dívidas e os pagamentos atuais, já que de outra forma a cooperação neste âmbito, da mesma forma que em outros, não pode ser realizada", assinalou.

Medvedev ordenou ao presidente da Gazprom que, a partir de agora, em suas relações com a Ucrânia, o consórcio não deve adotar "nem descontos e nem preferências de nenhuma classe".


Por sua parte, Miller explicou que o novo preço do gás para a Ucrânia (US$ 485,5) entra em vigor automaticamente a partir deste mês e ressaltou que a atual dívida do consórcio estatal ucraniano Naftogaz com a Gazprom gira em torno de US$ 2,2 milhões.

"Esperamos que a Ucrânia comece a pagar suas dívidas e suas atuais provisões, embora vemos que a situação só piora", comentou o presidente da Gazprom.

Na última terça-feira, a companhia russa aumentou em mais de 40% o preço do gás que exporta à Ucrânia e cancelou o desconto concedido em dezembro ao deposto presidente Viktor Yanukovich.

Na ocasião, Miller alegou que "o rebaixamento de dezembro já não podia ser aplicado devido ao "descumprimento pela parte ucraniana do pagamento das dívidas em conceito das provisões do gás de 2013 e pela falta do pagamento de 100% das provisões correntes".

Em dezembro, no meio dos grandes protestos populares contra Yanukovich em toda Ucrânia, o governo russo assumiu o compromisso de socorrer à deprimida economia ucraniana com o investimento de US$ 15 bilhões e um redução de mais de 30% no preço do gás que a Rússia exporta à Ucrânia.

Pouco depois da troca de poder na Ucrânia, a Rússia suspendeu a ajuda econômica e deixou claro que não aplicaria mais o rebaixamento pelo gás.

Além disso, no final de março, Medvedev anunciou que exigiria pela via jurídica uma compensação de US$ 11 bilhões pelo desconto aplicado durante os últimos quatro anos à Ucrânia.

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Moscou - O consórcio gasístico russo Gazprom anunciou nesta quinta-feira uma alta adicional do preço do gás para Ucrânia , que a partir de agora pagará US$ 485,5 por cada mil metros cúbicos.

Nesta semana, por causa da suposta falta de pagamento, a Gazprom já havia anunciado um aumento da tarifa de mais de 40% (até US$ 385) ao país vizinho a partir do segundo trimestre deste ano.

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, explicou que a alta de US$ 100 coincide com a tarifa de exportação do gás russo à Ucrânia, que até agora era descontado em virtude dos acordos assinados em 2010 na cidade ucraniana de Kharkiv.

"Em virtude desses documentos se estabeleceu uma tarifa alfandegária do 0%. Mas, a situação mudou. A Duma (Câmara dos Deputados) denunciou os correspondentes acordos internacionais", disse Medvedev ao se reunir com o presidente da Gazprom, Alexei Miller.

Os acordos denunciados pelo governo russo também estabeleciam os termos de arrendamento para a Frota russa do Mar Negro no porto ucraniano de Sebastopol, na Crimeia, que passou a fazer parte da Federação Russa no último dia 21 de março.

"Que nossos parceiros ucranianos busquem os fundos necessários para saldar as dívidas e os pagamentos atuais, já que de outra forma a cooperação neste âmbito, da mesma forma que em outros, não pode ser realizada", assinalou.

Medvedev ordenou ao presidente da Gazprom que, a partir de agora, em suas relações com a Ucrânia, o consórcio não deve adotar "nem descontos e nem preferências de nenhuma classe".


Por sua parte, Miller explicou que o novo preço do gás para a Ucrânia (US$ 485,5) entra em vigor automaticamente a partir deste mês e ressaltou que a atual dívida do consórcio estatal ucraniano Naftogaz com a Gazprom gira em torno de US$ 2,2 milhões.

"Esperamos que a Ucrânia comece a pagar suas dívidas e suas atuais provisões, embora vemos que a situação só piora", comentou o presidente da Gazprom.

Na última terça-feira, a companhia russa aumentou em mais de 40% o preço do gás que exporta à Ucrânia e cancelou o desconto concedido em dezembro ao deposto presidente Viktor Yanukovich.

Na ocasião, Miller alegou que "o rebaixamento de dezembro já não podia ser aplicado devido ao "descumprimento pela parte ucraniana do pagamento das dívidas em conceito das provisões do gás de 2013 e pela falta do pagamento de 100% das provisões correntes".

Em dezembro, no meio dos grandes protestos populares contra Yanukovich em toda Ucrânia, o governo russo assumiu o compromisso de socorrer à deprimida economia ucraniana com o investimento de US$ 15 bilhões e um redução de mais de 30% no preço do gás que a Rússia exporta à Ucrânia.

Pouco depois da troca de poder na Ucrânia, a Rússia suspendeu a ajuda econômica e deixou claro que não aplicaria mais o rebaixamento pelo gás.

Além disso, no final de março, Medvedev anunciou que exigiria pela via jurídica uma compensação de US$ 11 bilhões pelo desconto aplicado durante os últimos quatro anos à Ucrânia.

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