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Gaza é alvo de novos ataques israelenses

Os bombardeios prosseguem enquanto centenas de palestinos participam de funerais de familiares mortos ao longo da ofensiva israelense

Soldados israelenses miram na Faixa de Gaza: as negociações diplomáticas devem continuar nos próximos dias, com o objetivo de alcançar um cessar-fogo (Jack Guez/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2012 às 11h57.

Gaza - Quatorze palestinos foram mortos nesta segunda-feira na Faixa de Gaza no sexto dia de ofensiva israelense, o que tem acelerado a atividade diplomática na região com o objetivo de evitar uma escalada militar ainda maior.

Os bombardeios aéreos e marítimos prosseguiam contra o território palestino, enquanto centenas de palestinos participavam nesta manhã em Gaza dos funerais de nove integrantes da mesma família, todos mortos na véspera em um ataque israelense contra a sua casa.

"Será que as crianças atiram foguetes?", gritava a multidão que carregava os corpos de quatro crianças assassinadas no ataque ao imóvel, em um bairro ao norte da cidade de Gaza.

Com a intenção de interromper os disparos de foguetes palestinos contra Israel , a ofensiva "Pilar de Defesa", lançada quarta-feira, tem provocado cada dia mais vítimas civis.

"Perdas inevitáveis" à medida que os bombardeios continuam e que poderiam "minar a legitimidade internacional" da operação, destacou nesta segunda-feira o especialista militar do jornal israelense Haaretz, Amos Harel

Mais de 1.350 alvos foram atingidos na Faixa de Gaza desde quarta-feira, de acordo com números fornecidos pelo exército. Até o momento, mais de 850 foguetes foram disparados a partir do território palestino e um deles matou três israelenses na quinta-feira em Kiryat Malachi, ao sul de Israel.


As negociações diplomáticas e visitas realizadas há vários dias do Cairo a Jerusalém, passando por Ramallah e Gaza, devem continuar nos próximos dias, com o objetivo de alcançar um cessar-fogo.

Os debates continuam no Cairo, onde uma autoridade israelense esteve no domingo e onde o presidente egípcio, Mohamed Mursi, recebeu os líderes dos dois principais movimentos de Gaza, o líder exilado do Hamas Khaled Mashaal e o líder da Jihad Islâmica Abdallah Challah, de acordo com fontes egípcias.

Em Ramallah, os líderes dos movimentos palestinos Fatah, Hamas e Jihad Islâmica na Cisjordânia apelaram nesta segunda-feira à unidade e prometeram "acabar com a divisão" em solidariedade com os palestinos na Faixa de Gaza durante um protesto em Ramallah.

O movimento diplomático também continua em Israel e na Faixa de Gaza.

O enviado especial do Quarteto para o Oriente Médio, Tony Blair, e o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, são esperados em Jerusalém, após uma visita do chanceler francês, Laurent Fabius.

Do lado palestino, depois do primeiro-ministro egípcio e do ministro das Relações Exteriores da Tunísia, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, visitará Gaza na terça-feira à frente de uma delegação ministerial.


O chefe da diplomacia turca, Ahmet Davutoglu, também é esperado terça-feira em Gaza, segundo a agência de notícias Anatolia.

Diante da ameaça de uma ofensiva terrestre israelense, o tempo parece estar se esgotando para as negociações por uma trégua.

"Os planos para um acordo com o Hamas entraram agora nas 24 horas cruciais (...) Agora é uma corrida contra o relógio: entre o caminho da escalada militar e o que conduz a um acordo", considerou Alex Fishman, especialista militar do jornal Yedioth Aharonot.

"Pilar de Defesa" é a mais vasta operação israelense contra Gaza desde ofensiva devastadora de dezembro de 2008 a janeiro de 2009, que cessou apenas temporariamente os disparos de foguetes.

Israel continua a repetir que a única condição de trégua é que todos os grupos armados de Gaza parem com os disparos. O Hamas exige por sua vez a garantia que "a agressão e os assassinatos vão parar", assim como a retirada do bloqueio imposto por Israel sobre Gaza desde 2007, como prometido em 2009, mas que jamais foi realizada.

Segundo um membro do Hamas, uma solução equilibrada será ver os Estados Unidos, principal aliado de Israel, "garantir" o respeito ao cessar-fogo.

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Gaza - Quatorze palestinos foram mortos nesta segunda-feira na Faixa de Gaza no sexto dia de ofensiva israelense, o que tem acelerado a atividade diplomática na região com o objetivo de evitar uma escalada militar ainda maior.

Os bombardeios aéreos e marítimos prosseguiam contra o território palestino, enquanto centenas de palestinos participavam nesta manhã em Gaza dos funerais de nove integrantes da mesma família, todos mortos na véspera em um ataque israelense contra a sua casa.

"Será que as crianças atiram foguetes?", gritava a multidão que carregava os corpos de quatro crianças assassinadas no ataque ao imóvel, em um bairro ao norte da cidade de Gaza.

Com a intenção de interromper os disparos de foguetes palestinos contra Israel , a ofensiva "Pilar de Defesa", lançada quarta-feira, tem provocado cada dia mais vítimas civis.

"Perdas inevitáveis" à medida que os bombardeios continuam e que poderiam "minar a legitimidade internacional" da operação, destacou nesta segunda-feira o especialista militar do jornal israelense Haaretz, Amos Harel

Mais de 1.350 alvos foram atingidos na Faixa de Gaza desde quarta-feira, de acordo com números fornecidos pelo exército. Até o momento, mais de 850 foguetes foram disparados a partir do território palestino e um deles matou três israelenses na quinta-feira em Kiryat Malachi, ao sul de Israel.


As negociações diplomáticas e visitas realizadas há vários dias do Cairo a Jerusalém, passando por Ramallah e Gaza, devem continuar nos próximos dias, com o objetivo de alcançar um cessar-fogo.

Os debates continuam no Cairo, onde uma autoridade israelense esteve no domingo e onde o presidente egípcio, Mohamed Mursi, recebeu os líderes dos dois principais movimentos de Gaza, o líder exilado do Hamas Khaled Mashaal e o líder da Jihad Islâmica Abdallah Challah, de acordo com fontes egípcias.

Em Ramallah, os líderes dos movimentos palestinos Fatah, Hamas e Jihad Islâmica na Cisjordânia apelaram nesta segunda-feira à unidade e prometeram "acabar com a divisão" em solidariedade com os palestinos na Faixa de Gaza durante um protesto em Ramallah.

O movimento diplomático também continua em Israel e na Faixa de Gaza.

O enviado especial do Quarteto para o Oriente Médio, Tony Blair, e o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, são esperados em Jerusalém, após uma visita do chanceler francês, Laurent Fabius.

Do lado palestino, depois do primeiro-ministro egípcio e do ministro das Relações Exteriores da Tunísia, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, visitará Gaza na terça-feira à frente de uma delegação ministerial.


O chefe da diplomacia turca, Ahmet Davutoglu, também é esperado terça-feira em Gaza, segundo a agência de notícias Anatolia.

Diante da ameaça de uma ofensiva terrestre israelense, o tempo parece estar se esgotando para as negociações por uma trégua.

"Os planos para um acordo com o Hamas entraram agora nas 24 horas cruciais (...) Agora é uma corrida contra o relógio: entre o caminho da escalada militar e o que conduz a um acordo", considerou Alex Fishman, especialista militar do jornal Yedioth Aharonot.

"Pilar de Defesa" é a mais vasta operação israelense contra Gaza desde ofensiva devastadora de dezembro de 2008 a janeiro de 2009, que cessou apenas temporariamente os disparos de foguetes.

Israel continua a repetir que a única condição de trégua é que todos os grupos armados de Gaza parem com os disparos. O Hamas exige por sua vez a garantia que "a agressão e os assassinatos vão parar", assim como a retirada do bloqueio imposto por Israel sobre Gaza desde 2007, como prometido em 2009, mas que jamais foi realizada.

Segundo um membro do Hamas, uma solução equilibrada será ver os Estados Unidos, principal aliado de Israel, "garantir" o respeito ao cessar-fogo.

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