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Funeral de Kim Jong-il percorre ruas de Pyongyang

Cortejo partiu do Palácio de Kumsusan, onde estava sendo realizado o velório do líder

Despedida: cortejo percorreu as principais ruas da capital, com temperaturas que rondavam zero grau. (Getty Images)

Despedida: cortejo percorreu as principais ruas da capital, com temperaturas que rondavam zero grau. (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2011 às 06h25.

Seul- Com lamentos, choros e demonstrações de dor, milhares de norte-coreanos se reuniram nesta quarta-feira às margens das principais vias de Pyongyang para ver passar o cortejo fúnebre que transportava o corpo do ex-ditador Kim Jong-il.

Pouco mais de duas horas após partir do Palácio Memorial de Kumsusan, a procissão chegou à praça Kim Il-sung, onde uma multidão esperava para dar o último adeus ao líder, que morreu em 17 de dezembro, aos 69 anos.

A televisão estatal 'KCTV' transmitiu ao vivo o evento. Imagens mostravam milhares de pessoas sob intensa neve, reunidas para acompanhar a passagem da comitiva, na qual estava presente o filho mais novo e sucessor do ex-governante, Kim Jong-un.

O cortejo partiu do Palácio de Kumsusan, onde estava sendo realizado o velório do líder, às 14h (horário local). Os primeiros metros foram percorridos muito lentamente, sempre com Kim Jong-un e um grupo de militares e oficiais caminhando ao lado do carro com o féretro.

O caixão estava envolvido numa bandeira do Partido dos Trabalhadores e colocado sobre uma cama de crisântemos brancos espalhados no teto do veículo. O carro detrás levava uma enorme imagem do líder vestido em seu tradicional traje militar.

Da mesma forma que ocorreu em 1994, no funeral de seu pai, Kim Il-sung, fundador do regime norte-coreano, o cortejo percorreu as principais ruas da capital, mas dessa vez com temperaturas que rondavam zero grau.

Kim Jong-il 'era o pai do vento que sopra agora em Pyongyang, e o perdemos', disse um dos locutores da rede de televisão durante o evento, enquanto ao fundo era possível escutar os choros e os gritos de alguns cidadãos. 'Comandante, não se vá', pedia aos gritos diante das câmaras uma camponesa.

'Toda a cidade está sofrendo. É difícil aceitar esta realidade', acrescentou o apresentador. EFE

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