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Fundador da PIP admite ter enganado órgão de certificação

A empresa está no centro de um escândalo mundial, que envolve milhares de mulheres em diversos países, inclusive o Brasil,

Jean-Claude Mas disse que não vai mais se pronunciar sobre o assunto (AFP/Arquivo / Eric Estrade)
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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 07h44.

Marselha - O fundador da empresa francesa fabricante de implantes mamários PIP, Jean-Claude Mas, assumiu diante dos investigadores que produziu um gel de silicone não aprovado, derivado de uma fórmula própria, e que enganou o órgão certificador.

Segundo ele, suas próteses, suspeitas de provocar câncer, não representam "nenhum risco para a saúde".

A empresa está no centro de um escândalo mundial, que envolve milhares de mulheres em diversos países, inclusive o Brasil, pela fabricação de implantes mamários defeituosos. O escândalo intensificou-se esta semana ao ser revelado que as próteses continham um aditivo para combustíveis.

"Sabia que esse gel não tinha sido aprovado, mas o usei mesmo assim porque o gel PIP era mais barato (...) e de uma qualidade muito melhor", disse Mas em outubro aos oficiais que investigam o caso, segundo a transcrição do interrogatório efetuado durante sua prisão, ao qual a AFP teve acesso. e Mas disse que "a partir de 1993", ou seja, dois anos depois da criação da empresa PIP, deu "a ordem de esconder a verdade" do órgão certificador alemão TœV, anos antes da saída ao mercado dos implantes agora condenados.

"Era uma rotina; eu dava a ordem de esconder todos os documentos relativos ao gel PIP não aprovado, e quanto as embalagens, os funcionários se encarregavam de fazê-las desaparecer", explicou em seu interrogatório.

Segundo o fundador da PIP, as mulheres denunciantes são "pessoas frágeis ou pessoas que fazem isso apenas por dinheiro". e Mas, de 72 anos, é alvo na França de duas investigações judiciais por "estelionato" e "homicídio culposo". Foi interrogado em duas ocasiões, mas não foi considerado culpado.

Nesta quinta-feira saiu de seu silêncio denunciando em um comunicado o "número impressionante de mentiras" divulgado, segundo ele, a propósito do escândalo no qual está envolvido.

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Segundo ele, suas próteses, suspeitas de provocar câncer, não representam "nenhum risco para a saúde".

A empresa está no centro de um escândalo mundial, que envolve milhares de mulheres em diversos países, inclusive o Brasil, pela fabricação de implantes mamários defeituosos. O escândalo intensificou-se esta semana ao ser revelado que as próteses continham um aditivo para combustíveis.

"Sabia que esse gel não tinha sido aprovado, mas o usei mesmo assim porque o gel PIP era mais barato (...) e de uma qualidade muito melhor", disse Mas em outubro aos oficiais que investigam o caso, segundo a transcrição do interrogatório efetuado durante sua prisão, ao qual a AFP teve acesso. e Mas disse que "a partir de 1993", ou seja, dois anos depois da criação da empresa PIP, deu "a ordem de esconder a verdade" do órgão certificador alemão TœV, anos antes da saída ao mercado dos implantes agora condenados.

"Era uma rotina; eu dava a ordem de esconder todos os documentos relativos ao gel PIP não aprovado, e quanto as embalagens, os funcionários se encarregavam de fazê-las desaparecer", explicou em seu interrogatório.

Segundo o fundador da PIP, as mulheres denunciantes são "pessoas frágeis ou pessoas que fazem isso apenas por dinheiro". e Mas, de 72 anos, é alvo na França de duas investigações judiciais por "estelionato" e "homicídio culposo". Foi interrogado em duas ocasiões, mas não foi considerado culpado.

Nesta quinta-feira saiu de seu silêncio denunciando em um comunicado o "número impressionante de mentiras" divulgado, segundo ele, a propósito do escândalo no qual está envolvido.

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