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França projeta parque sobre Napoleão Bonaparte

'Poder de atração' de Napoleão é motivação para o parque, que deve gerar três mil empregos no país

"Napoleonland", parque temático sobre o imperador francês, precisará de investimento de 250 milhões de euros (Wikimedia Commons)

"Napoleonland", parque temático sobre o imperador francês, precisará de investimento de 250 milhões de euros (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2012 às 11h21.

Paris - Perto de Paris e não muito longe da Eurodisney e do Parque Asterix, a cidade de Montereau projeta a construção de um parque dedicado a Napoleão Bonaparte com o qual pretende gerar três mil empregos.

'Napoleão tem um grande poder de atração no mundo inteiro e acredito que um parque sobre ele pode fazer muito sucesso', disse à Agêcia Efe o prefeito da localidade de pouco mais de 15 mil habitantes, o ex-secretário de Estado Yves Jégo.

A história de Montereau, uma cidade com uma estética ligeiramente medieval, está muito ligada à de Napoleão Bonaparte, que conseguiu nesse local a última grande vitória contra os austríacos. Foi nesse campo de batalha que o imperador disse a frase: 'Não temam, amigos, a bala que me matará ainda não foi fundida'.

Mas a vitória de Montereau, às portas de Paris em 18 de fevereiro de 1814, apenas adiou alguns meses o declínio do Império que o imperador construiu.

Montereau celebra a cada ano uma festa em comemoração dessa façanha do imperador na qual milhares de pessoas se vestem com roupas de época para reconstruir a batalha. Foi desse ambiente festivo que Jégo teve a ideia de construir um parque sobre Napoleão.

'Percebemos que o imperador é uma marca, que é conhecido no mundo inteiro e atrai as pessoas', disse o vereador, acrescentando que 'no parque será possível viajar da Rússia ao Egito, passando pela Itália, Espanha e toda a Europa Central, tudo isso em forma de diversas atrações', comentou o prefeito.


A rentabilidade é uma das principais preocupações de Jégo, principalmente porque 'Napoleonland', como o batizou a imprensa, enfrentaria uma grande concorrência nos arredores de Paris.

'É a região mais turística do mundo, mas acreditamos que há espaço para todos. Esperamos receber até dois milhões de visitantes por ano', destacou o prefeito, que está disposto a 'aprender com os erros cometidos' por outros parques.

Na memória de todos está a experiência da Eurodisney, que acumula anos de perdas. Mas o prefeito espera convencer um grupo de empresários para que, com ajuda pública, possa ser construído esse acampamento napoleônico, que precisará de um investimento de 250 milhões de euros. O projeto, no entanto, está em uma fase inicial e não abrirá suas portas antes de 2017.

'Nossa intenção é pôr a primeira pedra em 2014, coincidindo com o bicentenário da batalha de Montereau', afirmou o prefeito, para quem a conotação histórica do parque é importante, já que planeja contar com o apoio da Fundação Napoleão ou de um bisneto de seu irmão Jerônimo Bonaparte, um dos poucos descendentes vivos do imperador.

'O parque será, primeiro, um local para diversão, mas também divulgará a história do imperador', afirmou o político, autor de vários romances de 'capa e espada'.

Em paralelo ao parque, Jégo imagina a criação de um fórum de debate sobre Napoleão, onde especialistas e apaixonados por história trocarão ideias sobre sua figura.

'A história não deve ficar nos museus. Se formos capazes de levá-la às ruas através de um parque de atrações, daremos mais um passo em direção ao nosso sonho', concluiu o prefeito.

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