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França inicia julgamento de suspeito por genocídio de Ruanda

Pascal Simbikangwa, de 54 anos, compareceu a um tribunal de Paris nesta terça-feira no primeiro dia do esperado julgamento

Advogado conversa com a imprensa em julgamento: França demorou mais tempo do que vizinhos como Bélgica, Suíça e Alemanha para levar à Justiça um suspeito morando no seu território (Charles Platiau/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2014 às 13h44.

Paris - Vinte anos depois do genocídio de Ruanda, a França iniciou o primeiro julgamento contra um suspeito de ser cúmplice do massacre que matou 800 mil pessoas, acusando uma ex-autoridade do setor de inteligência por crimes contra a humanidade.

Pascal Simbikangwa, de 54 anos, compareceu a um tribunal de Paris nesta terça-feira no primeiro dia do esperado julgamento, no qual 50 testemunhas devem descrever o suposto papel do ex-militar no comando dos extremistas hutus.

Ativistas de direitos humanos e jornalistas de Ruanda lotaram o tribunal. Simbikangwa nega as acusações contra ele.

"Não estamos aqui em nosso nome, mas em nome de milhões de vítimas que foram exterminadas em Ruanda em 1994", disse Alain Gauthier, fundador de um grupo de vítimas de Ruanda.

Considerada por um longo tempo um refúgio para líderes do genocídio de 1994, a França demorou mais tempo do que vizinhos como Bélgica, Suíça e Alemanha para levar à Justiça um suspeito morando no seu território.

A onda de assassinatos de 1994 por extremistas hutus teve como alvo os tutsis, mas hutus moderados também foram vítimas da violência.

O julgamento de Simbikangwa representa um grande passo na frágil reaproximação entre os dois países, e diplomatas franceses têm dito de forma privada que uma absolvição seria um retrocesso.

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Pascal Simbikangwa, de 54 anos, compareceu a um tribunal de Paris nesta terça-feira no primeiro dia do esperado julgamento, no qual 50 testemunhas devem descrever o suposto papel do ex-militar no comando dos extremistas hutus.

Ativistas de direitos humanos e jornalistas de Ruanda lotaram o tribunal. Simbikangwa nega as acusações contra ele.

"Não estamos aqui em nosso nome, mas em nome de milhões de vítimas que foram exterminadas em Ruanda em 1994", disse Alain Gauthier, fundador de um grupo de vítimas de Ruanda.

Considerada por um longo tempo um refúgio para líderes do genocídio de 1994, a França demorou mais tempo do que vizinhos como Bélgica, Suíça e Alemanha para levar à Justiça um suspeito morando no seu território.

A onda de assassinatos de 1994 por extremistas hutus teve como alvo os tutsis, mas hutus moderados também foram vítimas da violência.

O julgamento de Simbikangwa representa um grande passo na frágil reaproximação entre os dois países, e diplomatas franceses têm dito de forma privada que uma absolvição seria um retrocesso.

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