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Fracassam tentativas de unir candidaturas contra Maduro na Venezuela

Henri Falcón e Javier Bertucci, que disputam com o presidente venezuelano nas eleições de 20 maio, não chegaram a acordo

Venezuela: fora da disputa eleitoral, Alejandro Ratti assegurou que se reuniu com Javier Bertucci para "promover um acordo de unidade", mas candidato nega (Juan Medina/Reuters)
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AFP

Publicado em 10 de maio de 2018 às 21h10.

As tentativas por unificar as candidaturas contra o presidente Nicolás Maduro nas eleições presidenciais venezuelanas 20 de maio fracassaram, depois que seus dois principais rivais, Henri Falcón e Javier Bertucci, não chegaram a um acordo.

O ex-candidato minoritário Luis Alejandro Ratti - que se esquivou de apoiar a Falcón - assegurou nesta quinta-feira (10), em um comunicado, que se reuniu com Bertucci para "promover um acordo de unidade", mas acusou o pastor evangélico de "dar as costas a essa alternativa".

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Bertucci, por sua vez, desmentiu o encontro.

"Não teve uma reunião com Ratti, tampouco com Falcón. Houve uma reunião entre equipes (...), mas pela política de arrogância e intransigência não se pôde ne sequer entrar em um terreno de negociação", afirmou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira.

O obstáculo, segundo Bertucci, é que nem ele nem Falcón querem abrir mão de suas candidaturas. O pastor diz ter mais possibilidades de vitória em relação a Maduro, embora apareça em terceiro nas pesquisas dos institutos Delphos e Datanálisis.

Bertucci citou dados da Delphos, que dão a Falcón 24% de apoio e a ele 19%, atrás de Maduro (43%), entre aqueles que estão "têm certeza do voto". Entretanto, afirmou que Falcón está "estagnado" enquanto ele cresceu 10 pontos por mês.

"Falcón: vamos nos sentar, conversar, em cenários reais. A Delphos praticamente nos dá empate técnico. Se nos unirmos damos uma surra no candidato do governo", expressou.

O pastor alega que seus apoiadores - "chavistas dissidentes e cristãos" - não apoiarão Falcón, enquanto que os eleitores do ex-governador "não são dele, são pessoas que querem votar contra o governo", que tem 80% de rejeição segundo as pesquisas.

"Eu venho subindo e estão dizendo que eu sou um fenômeno. Se eu desistir, esses votos vão para o abstencionismo. Eu vou continuar e, se nos unirmos, podemos ganhar por 20 pontos", argumentou.

Ratti acusou Bertucci de fazer "o jogo do governo" ao se negar a apoiar Falcón.

O ex-candidato garantiu que as pesquisas de opinião apontam que Falcón "é claramente o único candidato que pode derrotar Maduro".

Segundo o mais recente estudo do Datanálisis - ao qual a AFP teve acesso - 33,4% dos eleitores que estão muito dispostos a votar apoiaria Falcón nas eleições, enquanto que 31,1% apoiaria Maduro, o que representa empate técnico. Bertucci, por sua vez, obtém 21%.

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