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Forças pró-governo reconquistam maior base aérea do Iêmen

A captura da base de Al-Anad foi o resultado de um ataque de 24 horas com armas pesadas fornecidas pela coalizão árabe

Combates no Iêmen: o ministério da Defesa comemorou a vitória em Al-Anad e prometeu continuar com a guerra contra os rebeldes xiitas huthis e seus aliados (Taha Saleh/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2015 às 16h37.

Áden - As forças pró-governo do Iêmen , com o apoio da coalizão liderada pela Arábia Saudita , retomaram nesta terça-feira a maior base aérea do país, um novo golpe para os rebeldes, que perderam, no mês passado, a cidade de Áden.

A captura da base de Al-Anad foi o resultado de um ataque de 24 horas com armas pesadas fornecidas pela coalizão árabe, que também mobilizou tropas em Áden para apoiar as forças governistas.

O ministério da Defesa comemorou a vitória em Al-Anad e prometeu continuar com a guerra contra os rebeldes xiitas huthis e seus aliados até que a autoridade do presidente Abd Rabbo Mansur, que está no exílio, seja restaurada em todo o país.

A base de Al-Anad, 60 km ao norte de Áden, fica em um ponto estratégico de uma estrada que leva a Taez, a terceira maior cidade do país, e Sanaa, a capital, sob controle dos rebeldes.

Até cair sob controle dos rebeldes em março, a base de 15 quilômetros quadrados abrigava tropas americanas que supervisionavam a campanha de ataques com drones contra a Al-Qaeda no Iêmen.

A perda representa um novo golpe para os rebeldes. Seu líder, Abdelmalik al-Huthi, afirmou no domingo que a derrota em Áden, a segunda maior cidade do país, após quatro meses de intensos combates, era "temporária" e que a localidade seria recuperada.

Segundo fontes leais ao governo, pelo menos 70 rebeldes morreram e 10 foram capturados na ofensiva para retomar Al-Anad, enquanto as forças oficiais registraram 24 mortos e 23 feridos.

Alguns soldados que participaram no ataque afirmaram que os rebeldes resistiram de maneira intensa, mas que a vitória foi possível graças ao apoio dos ataques aéreos da coalizão.

Tropas na frente de batalha

A reconquista de Al-Anad reforça consideravelmente a defesa de Áden e abre o caminho para o possível retorno à cidade do governo no exílio, onde Abd Rabbo Mansur se refugiou antes de ser obrigado a fugir em março para a Arábia Saudita.

No domingo, centenas de soldados da coalizão árabe entraram em Áden com tanques e veículos blindados para "proteger" a cidade, devastada por quatro meses de combates, segundo uma fonte militar.

Áden tem muitos edifícios destruídos e graves problemas de abastecimento de água e energia elétrica, mas a ajuda chega a conta-gotas. O aeroporto foi reaberto em 22 de julho e alguns aviões chegam com ajuda procedente da Arábia Saudita, Emirados Árabes e Catar.

De acordo com a ONU, a guerra no Iêmen deixou mais de 4.000 mortos, metade deles civis, e 80% da população de 21 milhões de habitantes precisa de ajuda.

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) calcula em 100.000 o número de pessoas que foram obrigadas a deixar o país pelo conflito, muitas com destino à Somália, Etiópia e Djibuti, que na segunda-feira pediu ajuda internacional para auxiliar os refugiados.

Apesar da derrota em Áden, os rebeldes mantêm o controle da capital e de uma ampla faixa de território no país.

A ONU apela de maneira reiterada por um cessar-fogo, mas as negociações de junho terminaram em fracasso.

O governo no exílio afirma que só conversará com os rebeldes quando estes abandonarem os territórios conquistados desde o início da ofensiva.

Mas os insurgentes alegam que deixar estas localidades provocaria uma exposição aos ataques dos grupos jihadistas, como Al-Qaeda e Estado Islâmico, que também atuam no país.

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A captura da base de Al-Anad foi o resultado de um ataque de 24 horas com armas pesadas fornecidas pela coalizão árabe, que também mobilizou tropas em Áden para apoiar as forças governistas.

O ministério da Defesa comemorou a vitória em Al-Anad e prometeu continuar com a guerra contra os rebeldes xiitas huthis e seus aliados até que a autoridade do presidente Abd Rabbo Mansur, que está no exílio, seja restaurada em todo o país.

A base de Al-Anad, 60 km ao norte de Áden, fica em um ponto estratégico de uma estrada que leva a Taez, a terceira maior cidade do país, e Sanaa, a capital, sob controle dos rebeldes.

Até cair sob controle dos rebeldes em março, a base de 15 quilômetros quadrados abrigava tropas americanas que supervisionavam a campanha de ataques com drones contra a Al-Qaeda no Iêmen.

A perda representa um novo golpe para os rebeldes. Seu líder, Abdelmalik al-Huthi, afirmou no domingo que a derrota em Áden, a segunda maior cidade do país, após quatro meses de intensos combates, era "temporária" e que a localidade seria recuperada.

Segundo fontes leais ao governo, pelo menos 70 rebeldes morreram e 10 foram capturados na ofensiva para retomar Al-Anad, enquanto as forças oficiais registraram 24 mortos e 23 feridos.

Alguns soldados que participaram no ataque afirmaram que os rebeldes resistiram de maneira intensa, mas que a vitória foi possível graças ao apoio dos ataques aéreos da coalizão.

Tropas na frente de batalha

A reconquista de Al-Anad reforça consideravelmente a defesa de Áden e abre o caminho para o possível retorno à cidade do governo no exílio, onde Abd Rabbo Mansur se refugiou antes de ser obrigado a fugir em março para a Arábia Saudita.

No domingo, centenas de soldados da coalizão árabe entraram em Áden com tanques e veículos blindados para "proteger" a cidade, devastada por quatro meses de combates, segundo uma fonte militar.

Áden tem muitos edifícios destruídos e graves problemas de abastecimento de água e energia elétrica, mas a ajuda chega a conta-gotas. O aeroporto foi reaberto em 22 de julho e alguns aviões chegam com ajuda procedente da Arábia Saudita, Emirados Árabes e Catar.

De acordo com a ONU, a guerra no Iêmen deixou mais de 4.000 mortos, metade deles civis, e 80% da população de 21 milhões de habitantes precisa de ajuda.

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) calcula em 100.000 o número de pessoas que foram obrigadas a deixar o país pelo conflito, muitas com destino à Somália, Etiópia e Djibuti, que na segunda-feira pediu ajuda internacional para auxiliar os refugiados.

Apesar da derrota em Áden, os rebeldes mantêm o controle da capital e de uma ampla faixa de território no país.

A ONU apela de maneira reiterada por um cessar-fogo, mas as negociações de junho terminaram em fracasso.

O governo no exílio afirma que só conversará com os rebeldes quando estes abandonarem os territórios conquistados desde o início da ofensiva.

Mas os insurgentes alegam que deixar estas localidades provocaria uma exposição aos ataques dos grupos jihadistas, como Al-Qaeda e Estado Islâmico, que também atuam no país.

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