Forças iraquianas entram na cidade de Mosul pela frente oriental
Tropas libertaram nas últimas horas uma parte de Kukyeli, distrito considerado uma porta para Mossul
EFE
Publicado em 1 de novembro de 2016 às 08h53.
Bartala - As forças do Iraque conseguiram entrar na cidade de Mossul, no norte do país, pela frente oriental, onde estão travando combates com os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) no bairro de Kukyeli, informou nesta terça-feira à Agência Efe um comandante do alto escalão.
O chefe das forças antiterroristas do Iraque, Abdelgani al Asadi, disse à Efe que suas tropas libertaram nas últimas horas uma parte de Kukyeli, distrito considerado uma porta para Mossul, e que cercou o bairro.
Asadi estimou que Kukyeli pode ser totalmente conquistado ainda hoje, mas também considerou que, devido a seu grande tamanho, as operações poderiam levar "mais tempo".
As tropas iraquianas retomaram ontem o controle de Bazauia, também na frente oriental, e fizeram avanços em Kukyeli, situando-se a 900 metros da entrada de Mossul.
Aproximadamente 250 moradores de Bazauia deixaram hoje o local e estão sendo transportados para campos de deslocados, segundo pôde constatar a Efe.
O chefe das operações conjuntas iraquianas, Taleb Shagati, já havia adiantado ontem que a entrada das tropas em Mossul poderia acontecer nas "próximas horas" e que a libertação da cidade vai ocorrer "muito em breve".
Ontem à noite, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al Abadi, garantiu que o exército iraquiano está "muito perto" da cidade de Mossul e que o EI só tem a opção de "se render ou morrer".
A grande ofensiva para reconquistar Mossul começou no último dia 17 e, desde então, as forças iraquianas, com apoio dos combatentes curdos "peshmerga", foram avançando sem pausa, pelas frentes leste, norte e sul.
A frente oeste foi aberta há três dias pelas milícias xiitas pró-governo Multidão Popular, que mobilizaram cerca de 15 mil homens na região.
Mossul é o principal bastião do EI no Iraque, depois que o grupo jihadista conquistou a cidade em junho de 2014, quando também proclamou um califado nos territórios sob seu controle neste país e na vizinha Síria.