Forças iraquianas avançam para retomar Ramadi
A tomada deste local seria outro passo decisivo para o controle total de Ramadi, cuja libertação completa deve demorar três dias, segundo um porta-voz do CTS
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2015 às 17h00.
As forças iraquianas lutavam nesta quarta-feira contra os últimos redutos de resistência do grupo Estado Islâmico (EI) em Ramadi, cidade estratégica que o governo perdeu em maio e cuja reconquista é considerada essencial pelo governo de Bagdá.
Um dia depois de entrar no centro da cidade, as forças lideradas pelo Corpo de Elite Antiterrorista (CTS) avançavam em direção ao prédio do governo de Ramadi, capital da grande província iraquiana de Anbar.
Dezenas de famílias que tinham sido usadas pelo EI como estudos humanos conseguiram fugir, em meio a intensos combates.
"As tropas antiterroristas estão preparadas agora para entrar na área de Hoz, onde fica a sede do governo", afirmou à AFP um general, que pediu para não ser identificado.
A tomada deste local seria outro passo decisivo para o controle total de Ramadi, cuja libertação completa deve demorar três dias, segundo um porta-voz do CTS.
As forças do governo, que contam com o apoio aéreo da coalizão liderada pelos Estados Unidos, avançam com muitas precauções pela cidade devastada, com ruas desertas e repletas de escombros e cápsulas de bala.
Além disso, quando abandonaram a localidade, os combatentes do EI espalharam bombas e artefatos explosivos pelas ruas.
As tropas de Bagdá calculam que no máximo 300 combatentes do EI permaneciam escondidos no centro da cidade.
"A queda de Ramadi é inevitável, nos aproximamos do final. Será uma luta dura", disse o porta-voz da coalizão liderada por Washington, coronel Steve Warren.
O militar afirmou que milhares de civis podem estar em Ramadi, alguns deles utilizados como escudos humanos pelo grupo Estado Islâmico (EI).
As famílias que conseguiram fugir saíram na passagem das unidades militares por Tal Mshahideh, no leste de Ramadi, informou um porta-voz do conselho da província, Eid Amash Al Karbuli.
A maior vitória para Bagdá
O EI passou da ofensiva para a defensiva no Iraque desde que assumiu o controle de Ramadi, em maio.
Nos últimos meses perdeu Tikrit e Baiji, ao norte de Bagdá, ante a ofensiva das forças do governo e das Unidades de Mobilização Popular, uma coalizão de milícias, principalmente xiitas.
Estas últimas permanecem, no entanto, à margem da operação em Ramadi, um reduto sunita onde seu envolvimento seria malvisto.
Uma reconquista total de Ramadi seria a maior vitória das tropas iraquianas desde o recuo ante a ofensiva jihadista em 2014.
O instituto IHS Jane's, com sede em Londres, calculou que o EI perdeu em 2015 quase 14% do território que conquistou no ano passado na Síria e no Iraque.
O IHS Jane's, que tem como base as informações retiradas das redes sociais e obtidas com fontes nos dois países, considera que a zona controlada pelo EI registrou queda de 12.800 quilômetros quadrados entre 1 de janeiro e 14 de dezembro de 2015. O grupo continua controlando 78.000 km2.
Na semana passada, o ministro iraquiano da Defesa, Khaled al-Obeidi, afirmou que as diversas operações das forças de segurança do país e seus aliados permitiram reduzir o território controlado pelo EI no Iraque de 40% do país em 2014 para 17% atualmente.
Mas o grupo jihadista ainda controla Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, assim como uma ampla faixa de território na vizinha Síria.
O EI também controla boa parte da grande província de Anbar, vizinha da Síria, Jordânia e Arábia Saudita.
As forças iraquianas lutavam nesta quarta-feira contra os últimos redutos de resistência do grupo Estado Islâmico (EI) em Ramadi, cidade estratégica que o governo perdeu em maio e cuja reconquista é considerada essencial pelo governo de Bagdá.
Um dia depois de entrar no centro da cidade, as forças lideradas pelo Corpo de Elite Antiterrorista (CTS) avançavam em direção ao prédio do governo de Ramadi, capital da grande província iraquiana de Anbar.
Dezenas de famílias que tinham sido usadas pelo EI como estudos humanos conseguiram fugir, em meio a intensos combates.
"As tropas antiterroristas estão preparadas agora para entrar na área de Hoz, onde fica a sede do governo", afirmou à AFP um general, que pediu para não ser identificado.
A tomada deste local seria outro passo decisivo para o controle total de Ramadi, cuja libertação completa deve demorar três dias, segundo um porta-voz do CTS.
As forças do governo, que contam com o apoio aéreo da coalizão liderada pelos Estados Unidos, avançam com muitas precauções pela cidade devastada, com ruas desertas e repletas de escombros e cápsulas de bala.
Além disso, quando abandonaram a localidade, os combatentes do EI espalharam bombas e artefatos explosivos pelas ruas.
As tropas de Bagdá calculam que no máximo 300 combatentes do EI permaneciam escondidos no centro da cidade.
"A queda de Ramadi é inevitável, nos aproximamos do final. Será uma luta dura", disse o porta-voz da coalizão liderada por Washington, coronel Steve Warren.
O militar afirmou que milhares de civis podem estar em Ramadi, alguns deles utilizados como escudos humanos pelo grupo Estado Islâmico (EI).
As famílias que conseguiram fugir saíram na passagem das unidades militares por Tal Mshahideh, no leste de Ramadi, informou um porta-voz do conselho da província, Eid Amash Al Karbuli.
A maior vitória para Bagdá
O EI passou da ofensiva para a defensiva no Iraque desde que assumiu o controle de Ramadi, em maio.
Nos últimos meses perdeu Tikrit e Baiji, ao norte de Bagdá, ante a ofensiva das forças do governo e das Unidades de Mobilização Popular, uma coalizão de milícias, principalmente xiitas.
Estas últimas permanecem, no entanto, à margem da operação em Ramadi, um reduto sunita onde seu envolvimento seria malvisto.
Uma reconquista total de Ramadi seria a maior vitória das tropas iraquianas desde o recuo ante a ofensiva jihadista em 2014.
O instituto IHS Jane's, com sede em Londres, calculou que o EI perdeu em 2015 quase 14% do território que conquistou no ano passado na Síria e no Iraque.
O IHS Jane's, que tem como base as informações retiradas das redes sociais e obtidas com fontes nos dois países, considera que a zona controlada pelo EI registrou queda de 12.800 quilômetros quadrados entre 1 de janeiro e 14 de dezembro de 2015. O grupo continua controlando 78.000 km2.
Na semana passada, o ministro iraquiano da Defesa, Khaled al-Obeidi, afirmou que as diversas operações das forças de segurança do país e seus aliados permitiram reduzir o território controlado pelo EI no Iraque de 40% do país em 2014 para 17% atualmente.
Mas o grupo jihadista ainda controla Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, assim como uma ampla faixa de território na vizinha Síria.
O EI também controla boa parte da grande província de Anbar, vizinha da Síria, Jordânia e Arábia Saudita.