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Forças do governo sírio se preparam para retomar Homs

Cidade, cenário das manifestações de massa pró-democracia, agora se resume a ruínas

Homs: cerca de 1.200 rebeldes embarcaram em ônibus que os levaram para fora da "capital da revolução (Khaled al-Hariri/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 12h54.

Homs - As forças sírias anunciaram que vão assumir nesta quinta-feira o controle total sobre Homs, o cenário das manifestações de massa pró-democracia, agora associada às ruínas que resumem a brutalidade da guerra civil da Síria .

Depois de manter o controle sobre a Cidade Velha de Homs durante quase dois anos, cerca de 1.200 rebeldes embarcaram em ônibus que os levaram para fora da "capital da revolução" em comboios na quarta-feira e nesta quinta-feira, disseram ativistas.

Eles foram levados para território controlado pelos rebeldes fora da cidade como parte de um acordo celebrado entre os insurgentes e as forças leais ao presidente Bashar al-Assad.

O governador da província de Homs, Talal Barazi, disse à Reuters que 80 por cento dos ativistas tinham saído e o restante seria retirado nesta quinta-feira. Depois disso, o centro de Homs seria "declarado cidade segura" e a reconstrução começaria.

"Esperamos concluir a operação hoje", ele disse.

Os rebeldes sorriam para as câmeras enquanto deixavam a cidade, mas a entrega da terceira maior cidade da Síria para as forças do governo é um grande golpe para a oposição e um impulso para Assad, semanas antes de sua provável reeleição.

Quando milhares de sírios foram às ruas de Homs em 2011, contagiaram o restante do país e as manifestações anti-Assad eclodiram em todas as grandes cidades. As forças do governo reprimiram com armas as manifestações em Homs, cidade de população de várias religiões.

Granadas de morteiros foram lançadas em protestos em Homs e a revolução se tornou armada. Os grupos rebeldes se espalharam pela cidade enquanto civis fugiram ou se esconderam nos porões de edifícios danificados. Há um ano, as forças do governo cercaram a Cidade Velha, e os moradores diziam que estavam passando fome.

Nesta quinta-feira a cidade estava mais silenciosa, sem o som de tiros ou explosões. Muitos edifícios na entrada do bairro da Cidade Velha estão em ruínas, destruídos por três anos de conflitos.

A retirada acontece meses depois de avanços por parte do Exército, apoiado por seu aliado libanês, o Hezbollah, consolidando um corredor estratégico no território que liga a capital, Damasco, a Homs e ao reduto alauíta de Assad no Mediterrâneo.

Ao mesmo tempo em que os rebeldes eram retirados de Homs, dezenas de prisioneiros detidos pelos insurgentes nas províncias do norte de Aleppo e Latakia eram libertados como parte do mesmo acordo.

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Homs - As forças sírias anunciaram que vão assumir nesta quinta-feira o controle total sobre Homs, o cenário das manifestações de massa pró-democracia, agora associada às ruínas que resumem a brutalidade da guerra civil da Síria .

Depois de manter o controle sobre a Cidade Velha de Homs durante quase dois anos, cerca de 1.200 rebeldes embarcaram em ônibus que os levaram para fora da "capital da revolução" em comboios na quarta-feira e nesta quinta-feira, disseram ativistas.

Eles foram levados para território controlado pelos rebeldes fora da cidade como parte de um acordo celebrado entre os insurgentes e as forças leais ao presidente Bashar al-Assad.

O governador da província de Homs, Talal Barazi, disse à Reuters que 80 por cento dos ativistas tinham saído e o restante seria retirado nesta quinta-feira. Depois disso, o centro de Homs seria "declarado cidade segura" e a reconstrução começaria.

"Esperamos concluir a operação hoje", ele disse.

Os rebeldes sorriam para as câmeras enquanto deixavam a cidade, mas a entrega da terceira maior cidade da Síria para as forças do governo é um grande golpe para a oposição e um impulso para Assad, semanas antes de sua provável reeleição.

Quando milhares de sírios foram às ruas de Homs em 2011, contagiaram o restante do país e as manifestações anti-Assad eclodiram em todas as grandes cidades. As forças do governo reprimiram com armas as manifestações em Homs, cidade de população de várias religiões.

Granadas de morteiros foram lançadas em protestos em Homs e a revolução se tornou armada. Os grupos rebeldes se espalharam pela cidade enquanto civis fugiram ou se esconderam nos porões de edifícios danificados. Há um ano, as forças do governo cercaram a Cidade Velha, e os moradores diziam que estavam passando fome.

Nesta quinta-feira a cidade estava mais silenciosa, sem o som de tiros ou explosões. Muitos edifícios na entrada do bairro da Cidade Velha estão em ruínas, destruídos por três anos de conflitos.

A retirada acontece meses depois de avanços por parte do Exército, apoiado por seu aliado libanês, o Hezbollah, consolidando um corredor estratégico no território que liga a capital, Damasco, a Homs e ao reduto alauíta de Assad no Mediterrâneo.

Ao mesmo tempo em que os rebeldes eram retirados de Homs, dezenas de prisioneiros detidos pelos insurgentes nas províncias do norte de Aleppo e Latakia eram libertados como parte do mesmo acordo.

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