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Forças de segurança sírias matam 36 civis

A maior parte das vítimas morreu nas regiões de Homs e Hama, os dois maiores centros de contestação, segundo militantes

As manifestações desta sexta foram dedicadas aos soldados que desertaram para se unir aos protestos (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 20h29.

Damasco - Forças de segurança sírias mataram pelo menos 36 civis nesta sexta-feira, um dos dias mais violentos em semanas, no qual a oposição convocou uma manifestação em favor de uma zona de exclusão aérea para acabar com a sangrenta repressão.

A maior parte das vítimas morreu nas regiões de Homs e Hama, os dois maiores centros de contestação, segundo militantes.

"Doze civis foram mortos em vários bairros de Hama, outros 20 na cidade de Homs e um em Qusseir", anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Além disso, dois civis foram mortos e 10 outros ficaram feridos em Tsil, na província de Deraa. Um adolescente de 15 anos morreu na província de Idleb (noroeste).

"Mais de 100 pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira. Outras 500 foram presas por todo o país", afirmou à AFP o líder da OSDH, Rami Abdel Rahmane

Desde o dia 15 de março, a repressão matou mais de 3.000, de acordo com a ONU.

Toda sexta-feira, desde o início da contestação contra o regime do presidente Bashar al-Assad, muitas manifestações são organizadas nas saídas das mesquitas, após a oração da tarde.


Só no bairro de Deir Balaa, em Homs, aproximadamente 20.000 manifestantes se reuniram exigindo a queda do regime.

Os militantes pró-democracia convocaram através do Facebook manifestações a favor de uma "zona de exclusão aérea, com o objetivo de permitir que as 'Forças Armadas livres da Síria' atuem com mais liberdade".

"As Forças Armadas livres da Síria" é uma força de oposição armada, que foi anunciada em julho pelo coronel Riad al-Asaad, desertor que se refugiou na Turquia. Os combates entre soldados do exército oficial e desertores se multiplicaram nas últimas semanas.

O OSDH informou que as Forças Armadas e de segurança realizaram perseguições em Kafruma, na província de Idleb, e prenderam 13 pessoas, entre elas uma mulher e seu filho de 12 anos.

Na mesma região, o "funeral de um soldado desertor se transformou em uma enorme manifestação em Maaret al-Nomaane", segundo a mesma fonte.

O embaixador da França na ONU, Gérard Araud, declarou ontem que os 15 países membros do Conselho de Segurança devem se reunir mais uma vez para decidir novas ações contra a Síria.

No início de outubro, os vetos da China e da Rússia impediram a aprovação de uma resolução que ameaçava Damasco.

Contudo, na quinta-feira, o emissário especial chinês para o Oriente Médio, Wu Sike, exigiu "o fim de todos os atos de violência e derramamento de sangue e a realização de reformas por meio do diálogo e vias pacíficas".

A Lituânia anunciou nesta sexta-feira que interditou o sobrevôo de seu território por aviões sírios, temendo o transporte de material militar.

A Espanha convocou o embaixador da Síria para denunciar a perseguição e a intimidação dos opositores sírios que vivem no país e que se dizem vítimas de ações da embaixada.

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Damasco - Forças de segurança sírias mataram pelo menos 36 civis nesta sexta-feira, um dos dias mais violentos em semanas, no qual a oposição convocou uma manifestação em favor de uma zona de exclusão aérea para acabar com a sangrenta repressão.

A maior parte das vítimas morreu nas regiões de Homs e Hama, os dois maiores centros de contestação, segundo militantes.

"Doze civis foram mortos em vários bairros de Hama, outros 20 na cidade de Homs e um em Qusseir", anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Além disso, dois civis foram mortos e 10 outros ficaram feridos em Tsil, na província de Deraa. Um adolescente de 15 anos morreu na província de Idleb (noroeste).

"Mais de 100 pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira. Outras 500 foram presas por todo o país", afirmou à AFP o líder da OSDH, Rami Abdel Rahmane

Desde o dia 15 de março, a repressão matou mais de 3.000, de acordo com a ONU.

Toda sexta-feira, desde o início da contestação contra o regime do presidente Bashar al-Assad, muitas manifestações são organizadas nas saídas das mesquitas, após a oração da tarde.


Só no bairro de Deir Balaa, em Homs, aproximadamente 20.000 manifestantes se reuniram exigindo a queda do regime.

Os militantes pró-democracia convocaram através do Facebook manifestações a favor de uma "zona de exclusão aérea, com o objetivo de permitir que as 'Forças Armadas livres da Síria' atuem com mais liberdade".

"As Forças Armadas livres da Síria" é uma força de oposição armada, que foi anunciada em julho pelo coronel Riad al-Asaad, desertor que se refugiou na Turquia. Os combates entre soldados do exército oficial e desertores se multiplicaram nas últimas semanas.

O OSDH informou que as Forças Armadas e de segurança realizaram perseguições em Kafruma, na província de Idleb, e prenderam 13 pessoas, entre elas uma mulher e seu filho de 12 anos.

Na mesma região, o "funeral de um soldado desertor se transformou em uma enorme manifestação em Maaret al-Nomaane", segundo a mesma fonte.

O embaixador da França na ONU, Gérard Araud, declarou ontem que os 15 países membros do Conselho de Segurança devem se reunir mais uma vez para decidir novas ações contra a Síria.

No início de outubro, os vetos da China e da Rússia impediram a aprovação de uma resolução que ameaçava Damasco.

Contudo, na quinta-feira, o emissário especial chinês para o Oriente Médio, Wu Sike, exigiu "o fim de todos os atos de violência e derramamento de sangue e a realização de reformas por meio do diálogo e vias pacíficas".

A Lituânia anunciou nesta sexta-feira que interditou o sobrevôo de seu território por aviões sírios, temendo o transporte de material militar.

A Espanha convocou o embaixador da Síria para denunciar a perseguição e a intimidação dos opositores sírios que vivem no país e que se dizem vítimas de ações da embaixada.

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